Aproveitando o mês dos namorados, os analistas estão in love com os títulos prefixados da  coroada Renda Fixa. Na semana que a agência de classificação de risco S&P sinaliza que está vendo o Brasil, reafirmando no último dia 14 o rating soberano do país de longo prazo em moeda estrangeira em “BB-”, alterando a perspectiva para a nota soberana de estável para positiva. Isso não acontecia desde 2019. Outra boa notícia desse dia foi que o Federal Reserve (FED) dos EUA, depois de 10 altas consecutivas da taxa de juros, interrompeu o ciclo mantendo na faixa de 5% a 5,25%. Logo, um gás para escrever este texto otimista.

Mês passado o Acionista publicou material sobre o reinado da Renda Fixa, no texto consta que para a maioria dos analistas a RF é uma forma segura de proteção dos investimentos, em vista de uma série de fatores que pode ser lida aqui. O que se nota é que agora é hora dos prefixados, até maio a recomendação majoritária era para os títulos pós. Como nada é permanente, diria Buda, não se pode se surpreender com as constantes alterações do mercado. O Gustavo Guerses, especialista em investimentos do Acionista, sempre diz isso.

Vamos ao reino! Conforme os analistas do BTG Pactual, em maio, a curva de juros real apresentou queda similar em praticamente todos os vértices, em torno de 30 bps, vis-à-vis as taxas reais das NTN-Bs ao final de abril. Este movimento potencializou os retornos nos ativos de duration mais longa, como o IMA-B 5+ que, apenas em maio, teve valorização de 4,1%, e o IDkA Pré, com duration fixa de 5 anos, com 5,2% no mês, valores bem acima dos 1,2% mensais do CDI. 

Renda Fixa – Selic

Nesta quarta-feira, 21, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga a Taxa Selic (está em 13,75% a.a), e a pergunta que não quer calar é se agora, ainda mais no embalo de que o FED manteve a taxa no EUA e esse sinal verde da S&P: quando começa o ciclo de cortes? Para a maioria dos analistas ainda não é o momento, para o governo já passou da hora.

Conforme a Garde Asset, “a janela para o corte de juros por parte do Banco Central tem sido bastante discutida e envolve diversas facetas do cenário doméstico e internacional. Considerando um mundo sem grandes acidentes, o cenário doméstico tem se mostrado especialmente desafiador para a autoridade monetária. Vale dizer que o espaço para cortar juros depende primordialmente da visão prospectiva para a dinâmica inflacionária e sua convergência para as metas”.

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