A oportunidade de adquirir títulos do Tesouro atrelados à inflação com taxas acima de IPCA+6% reapareceu. Ou seja, título de renda fixa que oferece juro real de 6% ao ano. Nível de taxa que desperta o interesse daqueles que buscam proteger seus investimentos da inflação e obter retornos significativos.

Contudo, embora as taxas mais altas possam ser tentadoras, é importante entender os riscos associados a esses investimentos. Os preços dos títulos são inversamente proporcionais às taxas, o que significa que taxas mais altas resultam em preços mais baixos.

A Renda Fixa não é fixa?

Dessa forma, investidores posicionados neste títulos estão presenciando a volatilidade nos retornos, alguns com desempenho negativo. Nestas horas o crítico de plantão costuma perguntar: “mas a renda fixa não é fixa?”.

Essa oscilação de preço é a famosa marcação a mercado, ou seja, o valor aproximado do quanto o seu título vale hoje. Portanto, se você decidir vendê-lo amargará o prejuízo. Já o conceito de renda fixa envolve a taxa de rentabilidade que será “fixada” no ato do investimentos e isso não mudará.

Por exemplo, se você comprar Tesouro IPCA+2045 que rende IPCA+6,04% conforme a imagem abaixo, você terá este nível de rentabilidade ao ano se aguardar até 2045. Já o seu risco é que o valor do título oscile ao longo do tempo conforme o cenário do mercado.

Fonte: Site do Tesouro Direto 26/04/2024

A maravilha do IPCA+6%

Conforme dados históricos, os que compraram títulos do Tesouro com taxas acima de IPCA+6% e mantiveram por pelo menos 3 anos tiveram retornos superiores ao CDI no período. Assim, considerando que a renda fixa é uma classe vital para uma carteira, especialmente títulos públicos, pois representam o menor risco de crédito na economia (pelo menos teoricamente), neste patamar se mostram atraentes.

Além dos títulos do Tesouro, você pode considerar os ETFs que investem exclusivamente em títulos IPCA+. Esses que oferecem uma forma diversificada de exposição aos títulos. Alinhados aos níveis de rentabilidade dos títulos públicos, mas com alíquota única de 15% no IR, independentemente do prazo de investimento. Além disso, não tem IOF e nem come-cotas, diferente dos Fundos de Renda Fixa tradicionais.

Portanto, o atual momento parece contar com uma opção atrativa para alocação ou reforço dos investimentos. No entanto, é essencial reconhecer o seu horizonte de investimentos para evitar o contratempo de ter que tirar o dinheiro antes da hora.

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