O Impact Future Project – IFP, uma plataforma de liderança da Aspire Impact com sede na Índia, apoiado pela gigante tecnológica global Capgemini, com sede na França, lançou o relatório “O emergente Diretor de Impacto: Um novo sherpa de sustentabilidadeouvindo e reunindo o pensamento de 25 líderes globais de ESG, Sustentabilidade e Impacto de diversos tipos de organizações e setores em 10 países e 6 continentes. Trata-se de um esforço inédito para compreender, definir e defender a adoção desta função crucial do C-Suite na organização que preconiza o ESG.

Harpreet Ghai, que é Diretor de Desenvolvimento do Conhecimento da Aspire Impact e coautor nesse relatório traz a seguinte provocação: “Aqueles que puderem negociar proativamente os desafios e invocar iniciativas para criar caminhos verdes para suas empresas, não serão magos com varinhas mágicas, mas Líderes de transformação do século 21, também conhecidos como os novos Sherpas Corporativos, ou Chief Impact Officers

Mas você deve estar se perguntando, o que é afinal um Sherpa Corporativo?

Bem, a palavra Sherpa é usada para denominar um grupo étnico nepalês conhecido por suas habilidades de escalada, força e resistência superiores em grandes altitudes. Vivem nas altas encostas ao sul do Himalaia, no leste do Nepal e também são muito conhecidos por prestarem auxilio e apoio a caminhantes e alpinistas estrangeiros que por lá aparecem.

A captura do termo “Sherpa” no meu entendimento foi para ilustrar as habilidades de escalada, força e resistência em cenários desafiadores que os Diretores de Impacto devem possuir para o exercício da função. Considero uma boa sacada para expressar a função de Diretor de Impacto, porque alinhar uma empresa aos critérios ESG exige um esforço coletivo onde a motivação, o aprendizado, e principalmente a coesão, serão imprescindíveis para o sucesso da empreitada. Manter o movimento em sincronia dessas bolas no ar (motivação, aprendizado e coesão) como um experiente malabares não é tarefa fácil.

A função de um diretor de impacto inclui o desenvolvimento da estratégia ESG e a sua implementação em toda empresa. Além da defesa das iniciativas internas e externas conferindo sua conexão com o propósito da empresa. Entre suas atribuições estarão a supervisão, desenvolvimento e aplicação de abordagens que promovam impacto positivo na comunidade de stakeholders, incluindo a convocação de parceiros, construção de coligações, administração de agendas comuns, sensibilização, incentivo e alavancagem de recursos, entre outros.

Outro estudo que merece destaque nesse contexto é “Abraçando um futuro mais brilhante: Prioridades de Investimento para 2024”, da Capgemini Research Institute que entrevistou 2.000 líderes de empresas com milhões de dólares em receitas anuais, em 15 países, e concluiu que a Sustentabilidade será uma das áreas em que se prevê aumento de investimentos em 2024 com 52% das organizações afirmando essa disposição, o que inclui obviamente o capital humano e as oportunidades para os Sherpas Corporativos.

Mas voltando ao relatório “O emergente Diretor de Impacto: Um novo sherpa de sustentabilidade que traz projeções significativas, ou seja, afirma que até 2030, pelo menos metade das empresas da Fortune 500 terão um diretor de impacto despertando esperança de mudanças positivas. Segundo o relatório, a medida que cada Chief Impact Officer viabiliza soluções transformadoras nas suas organizações, estará colaborando com a construção de uma rede de liderança socialmente consciente, equipada coletivamente para a cultura ESG.  

Mas antes disso tudo acontecer e o Diretor de Impacto assumir seu posto e dar sua contribuição, o relatório afirma que as organizações devem se preparar para reconhecer e vencer as principais implicações que começam dentro da própria empresa, sendo as principais:

  • Em primeiro lugar, há necessidade urgente das organizações reconhecerem, priorizarem e formalizarem o papel do Diretor de Impacto – um imperativo apoiado por 95% dos entrevistados.
  • Em segundo lugar, a nomeação de Chief Impact Officers é impulsionada por um movimento liderado por investidores, com procura crescente de transparência sobre dados ESG, Sustentabilidade e Impacto e a sua ligação com o desempenho financeiro.
  • Em terceiro lugar, e acima de tudo, este papel exige colaboração e construção de consenso, dada a possibilidade de encontrar oposição de outros CXOs, uma apreensão destacada por 67% dos participantes. Muitos participantes da pesquisa acreditaram e pressionaram a necessidade de obter autoridade do CEO e do Conselho.

Segundo a visão de uma das coautoras do relatório Sangeeta Robinson, Diretora de Sustentabilidade: “A criação de valor sustentável é uma jornada, não um destino. É uma jornada de melhoria contínua. O impacto que você cria no primeiro ano se torna a base para o próximo”. Assim definindo ESG como evolução, ou seja, filhote da melhoria contínua.

Para finalizar, o relatório O emergente Diretor de Impacto: Um novo sherpa de sustentabilidade destaca a necessidade de atenção e investimentos contínuos na produção de pesquisa, conteúdo e pedagogia para preparar e transformar os atuais Chefes ESG em Sherpas Corporativos. Porque segundo eles, cenários desafiadores demandam habilidades superiores na jornada da empresa pela sustentabilidade.

Fontes:

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