Perspectiva: BB Investimentos
Setembro 2019 | Descolada temporariamente de fundamentos, a bolsa tende a replicar em setembro a volatilidade observada em agosto, quando o mercado externo prevaleceu para a precificação dos ativos de risco no Brasil
O quadro internacional continua com pouca visibilidade, seja pelos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China, pela elevação dos riscos de um hard Brexit, à recente crise de confiança política na Argentina. Somado às tensões geopolíticas ao redor do globo, esses eventos corroboram as seguidas revisões negativas do crescimento global.
A valorização do dólar que se sucedeu representa o maior risco para as ações no Brasil, dada sua correlação negativa com o Ibovespa. Por outro lado, sob a ótica do investidor estrangeiro, a bolsa volta a ficar mais barata, com upside de ~15% ante o pico de julho, quando o índice atingiu 28.000 pontos em dólar, representando uma oportunidade para o ingresso de capital estrangeiro no Brasil.
Internamente, o ambiente continua favorável, ponderada a maior sensibilidade ao cenário externo no curtíssimo prazo. Ao final da temporada de resultados do 2T, avaliamos os números apresentados pelas companhias listadas como positivo em 60% dos casos, neutro para 30% e negativo para os 10% restantes.
Seguimos com destaque para as companhias de consumo, que apresentaram crescimento de receitas, mas com ligeiro estreitamento de margens.
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De forma geral, as representantes do varejo e outras mais expostas ao mercado interno continuam se beneficiando de um ambiente macroeconômico doméstico mais benigno à retomada do consumo, via ampliação da concessão de crédito para pessoas físicas, taxa de juros com tendência de queda e inflação abaixo da meta do Banco Central.
A divulgação do PIB do segundo trimestre acima das expectativas do mercado reforçou positivamente nossa visão sobre o varejo, ainda que não seja possível ratificar a tendência positiva para os próximos trimestres.
A agenda de setembro também contempla a decisão sobre juros nos EUA e no Brasil. A probabilidade de queda de 25 pontos juros nos EUA implícita nos Fed funds está em 93%, enquanto no Brasil a precificação da curva de juros diverge sobre a magnitude corte na próxima reunião do Copom, que estaria entre 25 e 50 pontos base.
Nesse contexto, mantemos a pontuação alvo do Ibovespa para final de 2019 em 110 mil pontos, um upside de 9% sobre o fechamento de agosto.
Nos próximos meses, divulgaremos nosso novo alvo para o índice em 2020. Compartilhamos a visão do consenso que o ambiente macro doméstico permanece dependente da agenda positiva de reformas.
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