A semana iniciou com a agenda de indicadores econômicos reforçada, mas todos os olhares estão voltados aos movimentos do Federal Reserve (Fed, banco central americano), lá fora, bem como Banco Central do Brasil (BC) por aqui. “No ambiente doméstico, a expectativa é que a autoridade monetária reduza a taxa Selic em 0,50 p.p. dia 1º”, afirma o economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

De acordo com o especialista, a projeção do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é que haja dois cortes na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), sendo um agora em novembro, conforme elencado acima, e o outro em dezembro. “Em dezembro a perspectiva é de outro corte de 0,5 p.p. fazendo a Selic encerrar 2023 em 11,75%”, explica.

Em relação ao Fed, ressalta, a expectativa é que a autoridade monetária americana mantenha a taxa de juros no patamar atual, entre 5,25% e 5,50% ao ano, pois a economia de lá está aquecida e a inflação descontrolada. “É um quadro diferente do Brasil, visto que a inflação por aqui está sob controle e se encaminhando para o centro da meta, que é algo em torno de 3%, com alguma ‘gordura’ para cima ou para baixo”, diz. 

Eyng aponta as cinco consequências de um possível corte da taxa nestes patamares, no Brasil. Confira: 

1) Não vai tirar atratividade da renda fixa, porque, como rentabilidade bruta, ainda está rendendo mais de 1% ao mês;

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2) Não deve fazer o Ibovespa andar porque Selic nesse patamar ainda continua alta;

3) Passará uma segurança para o mercado no sentido da previsibilidade, ou seja, o Banco Central está em linha com o que o mercado espera;

4) Estímulo ao Consumo e Investimento: Reduzir a taxa Selic torna o crédito mais barato, incentivando o consumo e os investimentos. As empresas podem pegar empréstimos a taxas mais baixas para expandir seus negócios, e os consumidores podem tomar empréstimos mais acessíveis, o que impulsiona o consumo de bens duráveis, como automóveis e imóveis.

5) Controle da Inflação: Embora a redução da Selic possa aumentar a pressão inflacionária devido ao estímulo ao consumo, o Banco Central pode estar disposto a fazê-lo se a economia estiver se expandindo lentamente. No entanto, o Banco Central precisa equilibrar a taxa de juros para manter a inflação sob controle, monitorando de perto a economia e ajustando a Selic conforme necessário.

Inflação em queda

O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (30) mostra a terceira retração seguida do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação no país. Trata-se de uma projeção que, nesta leitura, projeta que o IPCA encerre 2023 em 4,63% frente os 4,65% da semana passada.

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“Esse é um ponto positivo e o ponto negativo se concentra no Produto Interno Bruto (PIB), que pela terceira semana seguida recua, estando agora em 2,89% para o final de 2023 frente os 2,90% da leitura da semana passada, do Focus”, lembra. 

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