Analistas estão otimistas com a chegada de novas empresas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em 2020. A abertura de capital da construtora Mitre na semana passada, com valorização que passou de 9% na abertura, e da Locaweb, que levantou aproximadamente R$ 1 bilhão, reforçou a expectativa de uma nova onda de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) no pregão brasileiro.

Para analistas, a euforia com a renda variável neste ano pode estimular mais empresas a usarem o mercado de capitais para buscar dinheiro. E o movimento pode ser acelerado pela abertura de capital de estatais, intenção já anunciada pelo governo Federal.
Este movimento prolongaria os bons resultados de 2019.

Conforme Fernando Nogueira da Costa, professor de Economia da Unicamp, no ano passado foram cinco estreias na bolsa. No total, foram captados R$ 29,3 bilhões: R$ 4,522 bilhões por meio de IPOs e R$ 24,8 bilhões por ofertas subsequentes de ações (follow-ons).

Conforme a Genial Investimentos, a estimativa é que o ano seja bastante aquecido, e que o volume das ofertas na B3 ultrapasse os R$ 120 bilhões. Veja quais as principais apostas do mercado para este ano e se prepare para participar (ou se afastar) das estreantes na bolsa.

Caixa Seguridade

Um dos IPOs mais esperados para este ano é o da Caixa Seguridade, quarto maior grupo segurador do Brasil. A oferta da subsidiária da Caixa Econômica Federal poderá ocorrer em abril, e a estatal espera levantar R$ 10 bilhões. “Os lucros da empresa vêm crescendo em média 21% ao ano e há também uma elevada rentabilidade sobre patrimônio, de mais de 35%. Com a privatização, há espaço para mais ganho de eficiência e um foco ainda maior em rentabilidade”, avalia o especialista da Suno Research, Felipe Tadewald.

Banco Votorantim

Com expectativa de levantar R$ 5 bilhões, a oferta pública inicial de ações do Banco Votorantim deve ocorrer em abril. Na oferta, os sócios da instituição financeira devem ofertar ao mercado R$ 2 bilhões cada um. O processo do IPO deve ter início após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2019, que acontecerá ainda neste mês.

Moura Dubeux


Trata-se de uma incorporadora que atua de forma destacada no segmento de edifícios de luxo e alto padrão. As reservas de ações para o IPO foram feitas até a semana passada. A empresa possui market share relevante em cidades como Recife, Fortaleza, Natal, Salvador e Maceió. Conforme a Nord Research, a companhia demonstrou margens operacionais de 25% no 3T19, contra uma mediana de quase 11% do setor. Entretanto, houve também prejuízo neste período e no acumulado do ano, influenciado principalmente pelo alto volume de juros. “Por maior que seja a experiência, presença, excelência e as boas intenções de seus negócios no Nordeste, não gostamos do guidance de lançamentos mais puxado e da alta alavancagem”, afirma Guilherme Tiglia, analista da Nord.

Gaspetro

Outra empresa que deverá entrar para a bolsa de valores em 2020 é a Gaspetro, subsidiária da Petrobras. O presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, afirmou que a oferta de ações deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Em 2018, a empresa, braço de distribuição de gás da estatal, obteve receita líquida de R$ 417,7 milhões, além de um lucro líquido que chegou a R$ 271,5 milhões, conforme a Suno. A Gaspetro está presente em 20 distribuidoras de gás e tem a Petrobrás como controladora com 51% de participação.

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