Confira a análise da Necton sobre o resultado da CVC (CVCB3) no 4T21 e veja se vale a pena investir na companhia.

Mais um trimestre transitório em meio às restrições do Covid

Assim como nos trimestres anteriores, os números operacionais da CVC apresentaram uma grande melhora a/a, embora ainda impactados pelas restrições de viagens e pelo cenário macro.

O 4T21 também sofreu com o impacto nas reservas por conta do ciberataque na operação brasileira na primeira quinzena de outubro.

No final, as reservas totais aumentaram 64% a/a (+4% t/t, embora -38% vs. 4T19), 8% abaixo de
nossa projeção, com as reservas do Brasil crescendo 47% a/a (-13% t/t e -46% vs. 4T19), 9% abaixo de nossa estimativa, e as reservas da Argentina cresceram 141% a/a (+126% t/t e 8% vs. 4T19).

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Como resultado, a receita líquida no Brasil foi de R$ 262 milhões (crescimento de 28% t/t e 85% a/a), com a receita do B2C crescendo 45% t/t (+93% a/a), juntamente com um take-rate de 13,2% (vs. 12,2% no 4T20), o que foi um destaque positivo no trimestre.

Enquanto isso, a receita líquida do B2B ficou estável t/t em R$ 78 milhões (aumento de 68% a/a), com o take rate subindo 20bps t/t para 6,3%.

Quanto à Argentina, as reservas totais cresceram 125% t/t (141% a/a), mas com um take-rate muito menor, que caiu 70bps t/te 330bps a/a.

Tudo considerado, a receita líquida consolidada (Brasil + Argentina) cresceu 36% t/t e 93% a/a, 3% acima de nossa expectativa, com o take-rate caindo 30bps a/a para 9,1%.

Alavancagem operacional melhorando gradualmente devido a melhores perspectivas de receita

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As despesas operacionais recorrentes totalizaram R$ 296 milhões no 4T21 (excluindo R$ 53 milhões em despesas não recorrentes principalmente relacionadas ao ataque cibernético no trimestre), um aumento de 9,6% a/a (9% acima de nossa estimativa) devido a maiores investimentos em TI e inflação de mão de obra, mas mostrando grande diluição como % do total de pedidos (queda de 480bps a/a).

Como resultado, o EBITDA ajustado atingiu R$ 9 milhões (vs. – R$ 33 milhões no 3T21, -R$ 113 milhões no
4T20 e nossa estimativa de R$ 19 milhões). Enquanto isso, o resultado foi um prejuízo líquido de R$ 146 milhões (vs. +R$ 392 milhões no 4T20 e -R$ 93 milhões em nossas estimativas).

A equipe de Research da Necton ressalta que no 4T20 o lucro líquido foi impactado por R$ 292 milhões em impostos diferidos contabilizados pela empresa no trimestre.

Análise da estrutura de capital da CVC para o crescimento póspandemia

De acordo com a Necton, a CVC encerrou o 4T21 com uma posição de caixa de R$ 987 milhões (impulsionada por um aumento de capital de R$ 454 milhões no 3T21), R$ 1,8 bilhão em recebíveis (incluindo R$ 714 milhões em adiantamentos a fornecedores) e R$ 990 milhões em dívida financeira, além de mais R$ 2,1 bilhões em vendas antecipadas de pacotes de viagens que impactarão o FCF nos próximos trimestres.

Em agosto, a CVC concluiu seu aumento de capital de R$ 454 milhões, esperado desde a reestruturação de seus títulos locais (R$ 1,5 bilhão) no ano passado.

Dos recursos, R$ 202 milhões foram utilizados para quitar parte da dívida da empresa, enquanto o restante foi para capital de giro e desenvolvimento de iniciativas estratégicas da empresa (como os investimentos no digital e no VHC Hospitality).

Ainda um trimestre transitório; Uma das principais beneficiárias da reabertura Embora o 4T21 ainda tenha sido impactado pelas restrições de mobilidade e viagens devido à pandemia de Covid-19, bem como pelo não recorrente incidente cibernético, houve sinais encorajadores de recuperação e uma tendência de
melhor rentabilidade.

Após atingir o fundo do poço na frente operacional em 2020, a CVC deve ser uma das principais
beneficiárias da reabertura econômica, além de alavancar seus relacionamentos de longo prazo (extensos) com a fragmentada indústria hoteleira e de companhias aéreas no segmento B2B.

Gostamos do turnaround executado pela gestão desde 2020, bem como da enorme escala e poder de barganha da CVC com fornecedores (especialmente operadoras hoteleiras), sustentando nosso rating de Compra” Destacam os analistas da Necton.

No entanto, a equipe de analistas ainda vê grandes desafios (e volatilidade) pela frente (alinhamento entre base de franqueados e crescimento/concorrência online com OTAs), enquanto o mercado de turismo provavelmente só se recuperará gradualmente nos próximos trimestres, gerando volatilidade de curto prazo – “assumimos que as reservas B2C da CVC atingirão os níveis de 2019 em 2022, com as reservas de B2B se recuperando apenas em 2023” Finalizam os analsitas.

Descubra quais são as principais recomendações dos analistas

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