Como já foi falado nessa série de artigos sobre apostas e investimentos, mais um reforço: apostar não é investir. Volte umas casas atrás e leia o primeiro texto dessa jornada aqui. Logo, é bom também ficar atento à modinha criptomoedas, porque se você parar para pensar, é um “investimento” inseguro no atual momento, seguindo a lógica do consultor do Portal Acionista, Gustavo Guerses. Uma boa alternativa, segundo ele, seriam os ETFs.

Os ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa com estratégia passiva, ou seja, um fundo que replica o desempenho de um índice de referência. “Você pode comprar ETFs de Ações, Renda Fixa, Ouro (e outros metais) e até de criptomoedas. É uma alternativa simples e barata, que facilita o acesso de qualquer investidor a todos esses mercados. É possível diversificar seu portfólio também com os BDRs de ETFs, que são recibos negociados na B3 que representam cotas de ETFs negociados em outras bolsas do mundo”, diz o site www.etf.com.vc.

Criptomoedas: A FTX quebrou

A  segunda maior exchange em volume de criptomoedas ficou insolvente após uma corrida bancária, ou seja, um grande número de clientes correndo para sacar os seus depósitos na empresa. Como isso é possível? Tudo é, inclusive uma empresa de alta credibilidade, bom lembrar do caso do Credit Suisse.

Bem, e como o mercado é contagiante, Bitcoin e Ethereum  foram arrastadas pelo “evento” e desabaram mais de 20% nos primeiros dias,  pagando o pato da FTX. Porém, diminuíram as perdas junto com outros ativos de risco que se recuperaram após os dados de inflação nos EUA melhores que o esperado – o dado de inflação e a decisão do Fed não importam apenas para o bitcoin, mas sim para todas as criptomoedas e ativos considerados mais arriscados como as ações. Isso porque uma inflação acelerada nos EUA e um aperto monetário agressivo por lá afastam os investidores desse tipo de ativo e favorecem uma corrida para o dólar, o ouro e títulos da dívida norte-americana — considerados mais seguros e abrigos em tempos de crise. 

“Por isso, os investidores em ativos de digitais estão de olhos bem abertos para os dois principais eventos da semana, que tem potencial para derrubar ou consolidar a recuperação desse mercado”, publicou recentemente o site Seu Dinheiro.

Entretanto, é muito importante ressaltar que este colapso não altera os fundamentos e a capacidade de inovação tecnológica dos criptoativos, como Bitcoin e Ethereum. “Ao longo dos últimos anos, a indústria tem visto um aumento expressivo de projetos e investimentos, que continuam mostrando grande potencial de inovação”, alertam os analistas da XP.

Depois da expectativa criada com o The Merge do Ethereum (QETH11) em meados de setembro, o mercado cripto deu um up, mas não durou muito. Para frustração dos investidores, a “modinha” parece que deixou a desejar. Na segunda metade do mês, após a realização de lucros de muitos investidores posicionados no Ether, os eventos macroeconômicos voltaram a ser decisivos na dinâmica de preços dos criptoativos. Os empréstimos que tinham como garantias equipamentos de informática para mineração de criptomoedas, conhecidos como RIGs, tornaram-se ferramentas financeiras populares do setor. Muitos credores agora estão provavelmente enfrentando prejuízos consideráveis.

Bem, agora que você sabe um pouco mais sobre criptomoedas, vá se divertir, mas lembre que investir é na Bolsa, palpitar é com a KTO.

(Fontes: Clube Acionista; Seu Dinheiro; Suno; ETF.com.vc)

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