E o Bitcoin – como os mais conservadores investidores já previam – entrou em queda livre. Depois de um 2017 de tirar o fôlego, em que despontou como uma das melhores aplicações do mundo, o Bitcoin vive, agora, constantes quedas e passa a deixar de cabelo em pé quem tem a moeda em suas carteiras virtuais. De acordo com a Coindesk, que monitora o valor de criptomoedas nos mercados globais, até o dia 12 de fevereiro o Bitcoin já havia desabado 40% no ano, de US$ 13,4 mil para US$ 8 mil – voltando aos patamares de outubro do ano passado.

“O começo de 2018 será crucial para saber o futuro do Bitcoin e demais criptomoedas, como Ethereum e Litecoin”, resume Daniel Coquieri, cofundador da BitcoinTrade. Muito dessa queda se deve a regras mais duras de órgãos reguladores no mundo inteiro, que acabaram afugentando investidores. No Brasil, a CVM proibiu em janeiro os fundos de aplicarem em bitcoins, esfriando a expectativa para a negociação formal e maciça da moeda. Ainda repercute a proibição da China para os ICO (Initial Coin Offering, em inglês), tomada ainda em setembro passado. Inglaterra e Coréia do Sul devem seguir caminhos parecidos muito em breve.

Mesmo o Facebook anunciou no início de fevereiro que pretende reduzir a influência da moeda digital como meio de pagamento em seus anúncios. “Vem chumbo grosso por aí, e pode ser que seja o início de uma longa jornada de quedas na cotação do Bitcoin, além da exposição da falta de liquidez deste mercado”, projeta Vinicius Carneiro Maximiliano, diretor executivo da Etecon Contabilidade, escritório especializado em questões fiscais e contábeis para empresas de economia digital.

Apesar da queda recente, os números mostram uma ascensão significativa dos investimentos em bitcoins nos últimos meses no Brasil. Conforme a Descola, organização de cursos online que lançou recentemente o curso “Bitcoin – Descomplicando a criptomoeda”, em 2017 os investimentos superaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com mais de 1,4 milhões de brasileiros cadastrados nas 3 maiores casas de câmbio de bitcoin do país, contra cerca de 558 mil investidores na Bolsa. “Apesar de estar em voga, ainda é um assunto muito nebuloso e com alto índice de desinformação. Para que o brasileiro possa investir nesse modelo de negócio é preciso ter conhecimento prévio do tema, ainda mais se tratando de um modelo de investimento de alto risco”, alerta André Tanesi, CEO da Descola.

Apesar da queda recente, muitos prognósticos pesam a favor da moeda. Afinal, há apenas um ano, o Bitcoin valia dez vezes menos do que hoje. Na previsão de Sergio Tanaka, empresário, investidor e especialista em criptomoedas, o período atual de turbulência é natural, em particular enquanto os investidores ainda compreendem o funcionamento deste mercado. “Acredito que em curto e médio prazos a moeda tende a ter uma boa valorização. Vai sofrer, sim, com as oscilações, e depois tende a valorizar mais ainda”, projeta Tanaka, que é graduado em Tecnologia da Informação e possui especialização no mercado financeiro.

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