O comunicado sobre a troca no comando da Petrobras (PETR4) ocorreu na última segunda-feira (28/03) com o anúncio de troca do presidente da companhia. O ofício recebido do Ministério das Minas e Energia faz referência à Assembleia Geral Ordinária da empresa que será realizada no dia 13 de abril de 2022, com duas substituições nas indicações para a eleição ao Conselho de Administração da companhia.
Veja abaixo os comentários da Necton sobre a atual situação:
COMENTÁRIO NECTON RESEARCH:
A troca no comando da Petrobras é mais um ato simbólico que qualquer outra coisa, em pleno ano eleitoral o presidente Bolsonaro pretende dar uma resposta à sociedade, mas nem Luna e muito provavelmente nem Pires irão mudar a política de preços da empresa. Qualquer iniciativa em reduzir o impacto aos consumidores de maneira mais generalizada teria que vir do Ministério da Economia na forma de subsídios, mas este não parece ser um plano desejado pelo ministro e equipe.
De maneira geral será um desafio para Pires atenuar as pressões nesse ano eleitoral, mas ao que parece ele vai jogar com o manual debaixo do braço e assim seguir com a estratégia da companhia.
A troca no comando da Petrobras:
Está marcada para 13 de abril a assembleia-geral dos acionistas da Petrobras , quando deverá ser confirmada a substituição do general Joaquim Silva e Luna pelo economista Adriano Pires. A mudança foi informada nessa segunda-feira (28).
A avaliação é que a troca de comando da Petrobras não deverá mudar o cenário das discussões sobre preços de combustíveis.
Adriano Pires:
Sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires defendeu recentemente a criação de fundo de estabilização para evitar repasses de preço ao consumidor nos momentos de forte alta da cotação do petróleo. O assunto é tema de projeto de lei, em tramitação na Câmara dos Deputados.
Combustíveis – Fundo de Estabilização:
O PL 1472/21 cria a Conta de Estabilização dos Combustíveis (CEP-Combustíveis) e prevê ainda o auxílio gasolina, em semelhança ao vale gás. A proposta aguarda a apreciação por comissões da Câmara, ainda sem previsão de data para a análise.