A Via Varejo divulgou seus resultados referentes ao 4T20 na noite de ontem, com desempenho no digital bem superior ao do mercado, resultando em importantes ganhos de market share. Separamos abaixo os maiores destaques do release:

• Vendas realizadas através do canal digital representaram quase 50% do GMV total. O GMV bruto foi de R$ 12,7 bilhões no 4T20 (+31% a/a) e de R$ 38,8 bilhões (+21% a/a) em 2020. Também apresentamos um crescimento robusto no e-commerce 1P de 112% a/a no 4T20 e de 174% a/a em 2020. Forte aceleração do marketplace (3P) com evolução de 84% a/a no 4T20 e 90% a/a em 2020;

• O 1P apresentou uma evolução extraordinária de 112% vs o mesmo período do ano passado. Enquanto o 3P também apresentou um incremento robusto de 84% no 4T20 e representou cerca de 22% do GMV online. Seu e-commerce aumentou a participação de 24% no GMV total no 4T19 para 38% no 4T20. Seus apps participaram com 31% do GMV online no 4T20 (vs. 18% no 4T19). Destacamos o “moblie first” (+70% da venda via apps ou mobile site);

• No 4T20, as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram aumento de 3,9%, muito inferior ao desempenho de vendas no mesmo período. Já as despesas com vendas, gerais e administrativas operacionais apresentaram um incremento de 21,7%,refletindo principalmente a decisão de internalização de time de Tecnologia, com a aquisição da I9XP. Contudo, houve significativa melhora das Despesas com vendas, gerais e administrativas em relação a Receita Líquida de 0,5p.p vs. 4T19;

• Forte avanço do EBITDA, confirmando estratégia de crescimento com rentabilidade. O EBITDA multiplicou por 2,7x em 2020 vs 2019 e registrou R$ 2,9 bilhões (margem EBITDA ajustada contábil de 10,1%, + 5,9 p.p). No 4T20 o EBITDA também mostrou importante melhora para R$ 545 milhões (margem EBITDA de 5,8%, +6,2p.p), comparado à um EBITDA negativo de R$35 milhões no 4T19;

• A virada do lucro líquido consolida entrega do turnaround. O lucro líquido alcançou R$ 1,0 bilhão em 2020 (margem líquida de 3,5%) vs prejuízo de R$ 1,4 bilhões em 2019. No 4T20, o lucro líquido foi de R$336 milhões comparado a um prejuízo de R$875 milhões no 4T19;

• Encerraram o ano de 2020 com sólida posição de caixa, que, incluindo recebíveis não descontados e ajustado pelas antecipações aos fornecedores, totalizou R$ 9,3 bilhões (ou caixa líquido e antecipações de R$ 4,8 bilhões) em dezembro 2020, uma melhora significativa vs 2019, numa estrutura de capital bem sólida. Tiveram também a forte geração de caixa operacional de R$ 1,4 bilhão no ano;

Impacto: Marginalmente Positivo. A empresa reverteu seu prejuízo líquido em 2019, encerrando o ano com lucro líquido de R$1,0 bilhão. Suas estratégias no digital, incluindo os serviços de omnichannel, ganharam ainda mais aceitação ao longo do período, impulsionando o ganho de Market share e aumento da participação do e-commerce nas vendas totais. Na nossa visão, as ações da companhia tendem a se ofuscar, no cenário atual, por ativos relacionados a commodities e empresas exportadoras, no entanto, gostamos do case e acreditamos que ainda existem grandes oportunidades pela frente e sua taxa de crescimento deve seguir em patamares elevados, mesmo em um cenário de maior competição para o e-commerce e com menor impacto do auxílio emergencial.

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