A perspectiva de uma forte aceleração na economia mundial a partir deste ano, com a volta à normalidade de países como Estados Unidos e China após fase mais crítica da pandemia, anima investidores dispostos a arriscar seu dinheiro com commodities. Com projeção do maior aquecimento global desde os anos 70, os países devem demandar ainda mais grãos e insumos minerais, como minério de ferro e petróleo – que enfrentaram severas perdas nos últimos meses.

Alguns preços já reagem. Até o início de abril, o barril do petróleo, que chegou a ser vendido no negativo em 2020, subiu 22%. O minério de ferro saiu do patamar de US$ 116 a tonelada em novembro passado para os atuais US$ 172, beneficiando os resultados de empresas exportadoras – apenas a China comprou 19% a mais do Brasil em março em relação ao mês anterior. Milho, trigo e soja também sinalizam ganho de cotação na Bolsa de Chicago nas últimas semanas.

Além de investir diretamente em ações de companhias produtoras destes insumos básicos, há outras formas de aproveitar a alta das commodities. Uma opção são os mercados futuros. A lógica é simples, explica Augusto Maurício, sócio-diretor na Euroinvest: são comercializados contratos com prazo certo de vencimento em uma data futura. Durante esse período, os contratos sofrem oscilações, principalmente em razão da oferta e da demanda, o que pode resultar em ganhos ou prejuízos para os investidores. Por isso, este é considerado um ativo de alto risco.

Na B3, são nove produtos disponíveis para o mercado futuro, como ouro, boi gordo, milho, soja, açúcar cristal e café. Entretanto, os valores mínimos previstos nos mini-contratos podem ser um impeditivo para pequenos investidores. “Os mercados futuros são uma opção para investidores com perfil mais arrojado, em busca de altos percentuais diários de lucro”, avalia Maurício.

Outra alternativa para aplicar em commodities são os Exchange Traded Funds (ETFs), que perseguem um determinado índice de mercado. No Brasil, o ETF mais alinhado às commodities é o It Now IMAT (MATB11), que é atrelado ao Índice de Materiais Básicos. Já para quem tem conta em corretoras estrangeiras, ETFs como o PDBC abrem caminho para acompanhar petróleo, outro e commodities agrícolas.

“É importante observar que alguns ETFs tem composição mista entre commodities e outros títulos, como ações de empresas de energia, e isso ajuda a reduzir o risco de perdas em razão de cotações internacionais”, explica Otavio Paranhos, analista de valores mobiliários (CNPI). Uma vantagem de aplicar nestes ativos em vez de fundos de ações ou multimercado, por exemplo, é que as taxas de administração dos ETFs costumam ser bem mais baixas.

Se a opção for por ações, analistas de mercado chamam atenção para boas perspectivas com papéis como os da Suzano e Klabin (aproveitando a flutuação do preço da celulose) e da Vale, Gerdau e Usiminas (no lastro da cotação do minério de ferro). Petrobras ainda é considerado um papel mais arriscado, em razão das constantes ingerências do governo Federal.

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