“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”. – Ayn Rand

Essa frase se aplica à situação que tomou conta do mercado na última quinta-feira, 10, com desvalorização do Ibovespa e alta do dólar.

Um dia que permanecerá na história como o “Boa Sorte Day”, em referência aos comentários de Henrique Meirelles em evento, que desejou boa sorte aos investidores caso o governo errasse no fiscal.

Mercado tenso

Após diversas notícias sinalizarem o interesse do próximo governo em aumentar os gastos (fora do teto), o Ibovespa encerrou a semana em queda de -5%, aos 112 mil pontos. O índice acionário também foi pressionado por resultados corporativos do 3T22.

Assim como a Bolsa, o câmbio e os juros foram afetados pelo risco fiscal, em meio às incertezas sobre como ficarão as contas públicas em 2023.

O mercado voltou a exigir um juro real ainda mais alto, especialmente no longo prazo. A taxa da NTN-B com vencimento em maio de 2055 saltou de 5,904% na terça-feira para 6,136% na quinta-feira.

Inclusive, as negociações dos títulos públicos do Tesouro Direto foram suspensas, diante da volatilidade de preços e taxas. “Com a percepção do mercado de uma política fiscal mais expansionista, o que pode comprometer a dinâmica das contas públicas, o mercado passou a exigir mais prêmio para financiar o governo, refletindo, portanto, nas altas dos juros futuros”, explica o analista de renda fixa da Nord Research, Christopher Galvão.

O analista destaca ainda que na última quarta-feira, 9, por exemplo, o mercado precificava uma Selic fechando o ano de 2023 em +11,60%. Já na sexta-feira, 11, o mercado já passou a precificar uma Selic de +13,38% ao final do próximo ano.

“Essa dinâmica evidencia como a política monetária ditada pelo Banco Central também tem impacto relevante da política fiscal adotada pelo governo. Sem a contribuição do fiscal, a política monetária perde força na sua tarefa de desacelerar a inflação e, dessa forma, o país tende a presenciar juros mais altos ao longo do tempo”, disse.

PEC da Transição

A questão fiscal deve dominar as preocupações do mercado no curto prazo. A apresentação do texto final da PEC da Transição, proposta de emenda à Constituição que permite gastar acima do teto de gastos entre R$ 100 a R$ 200 bilhões, foi adiada para esta semana.

O novo governo espera aprová-lo no Senado no início de dezembro. Para o Valor Pro, o senador Randolfe Rodrigues disse que o “ideal” é encerrar a tramitação no Congresso até 17 de dezembro.

“A incerteza no ambiente doméstico é o que tem contribuído para a volatilidade alta no mercado e isso se traduz em altas do dólar, bolsa e juros oscilando rapidamente”, aponta Danielle Lopes, analista de ações da Nord Research.

Os desafios são claros

Para Danielle, a melhor forma de entender o impacto negativo de o governo aumentar os gastos, sem contrapartida em novas receitas ou de redução de despesas no próximo ano, é imaginar todo o seu orçamento familiar.

Mensalmente, você tem as entradas de recursos (arrecadação) e os gastos a serem feitos, sejam eles para investimentos pessoais, profissionais, entre outros.

Se você gastar mais do que ganha, as dívidas se acumularão a uma taxa de juros muito mais ágil do que os ganhos são capazes de comportar.

“Para o governo, os desafios são claros e a dinâmica é a mesma”, comenta.

As contas públicas passam por movimentos de déficit quando as despesas são muito acima de suas receitas, o que é esperado e projetado para 2023. Os desafios estão aparentes.

O que fazer neste momento?

Nossa visão é de que investimentos fora do Brasil são importantes sempre e acumular patrimônio em moeda forte é um bom primeiro passo.

“As ações brasileiras estão cada vez mais interessantes, mas nunca foi tão necessário fazer o stock picking, a seleção de forma individual de ações”, reforça Lopes.

Nosso foco continua em como proteger o seu patrimônio para lidar com qualquer situação e nossa atenção está voltada 100% para o mercado, notícias e tudo que pode impactar os seus investimentos.

Se você precisar de alguma orientação, todos os nossos canais oficiais via redes sociais e e-mail [email protected] estão a postos para te ajudar. Conte conosco.

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