O Santander (SANB11) entregou um resultado para o primeiro trimestre que foi negativo, com uma queda de -46,6% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado.

As divulgações dos bancos ganham maior força a partir desta quarta-feira, 3, com a divulgação dos resultados de Bradesco (BBDC4), após o fechamento do mercado. 

Itaú (ITUB3) e BTG Pactual (BPAC11) vão apresentar seus números na próxima segunda-feira, 8.

O Banco do Brasil (BBAS3) será o último bancão a reportar os resultados do 1T23, em 15 de maio. Confira:

O que esperar do 1T23

Para os bancos tradicionais em geral, esperamos a continuidade do aumento das provisões (PDD), e consequentemente impacto no lucro líquido, além de margens financeiras mais apertadas diante do conservadorismo nas carteiras de crédito, consequência dos juros altos.

A inadimplência deve seguir a tendência de alta que se iniciou em 2022, mas imaginamos que ao longo do segundo semestre de 2023 começará a arrefecer, devido às grandes mudanças nos perfis de créditos dos bancos tradicionais.

O Santander deu a largada na temporada de resultados do 1T23, com a divulgação em 25 de abril. A receita de prestação de serviços, segmento mais rentável do banco, cresceu apenas +1,8% na comparação anual. A carteira de crédito consolidada, por sua vez, cresceu +9,9%, as provisões aumentaram em +46,7%, e o lucro líquido apresentou queda de -46,6% em relação ao 1T22.

Cautela no setor bancário

Apesar de os bancos ensaiarem uma recuperação no 1º tri, acreditamos que as condições do setor seguem bastante desafiadoras com a alta inadimplência, sobretudo na pessoa física. 

A inadimplência pessoa física está em nível recorde no histórico dos bancos e com certeza ainda nos traz cautela.

Nossa expectativa é de que a partir do segundo semestre os bancos comecem a apresentar números melhores, devido ao perfil de clientes e pelo fato de terem elevado a rapidez de conservadorismo frente à oferta de crédito no mercado.

O maior risco no cenário atual é que essa curva de inadimplência não comece a fechar tão rapidamente. Com isso, as provisões elevadas se manteriam, impactando os resultados dos bancos.

Veja o desempenho das ações dos principais bancos listados na B3

Entre os grandes bancos, as ações BBAS3 acumulam a maior alta, com ganhos de 42,06% nos últimos 12 meses.

Fonte: Bloomberg

A dúvida que assola os investidores é se a trajetória de crescimento das ações continuará.

Banco do Brasil está negociando a 3,4x lucros, abaixo da média histórica de 5x lucros, e o mercado mantém a percepção de que a carteira de crédito da companhia, frente aos demais bancos, possui bastante solidez devido ao posicionamento no agronegócio.

Outro ponto que sustenta o otimismo dos investidores em relação às ações do Banco do Brasil é a percepção de que os riscos de uma possível ingerência do governo estejam bem precificados, o que deve seguir contribuindo para a força dos papéis.

Qual banco devo investir?

Ainda que as ações do Banco do Brasil venham ganhando destaque entre os ativos do setor bancário, recomendamos Compra para os papéis de BTG Pactual (BPAC11), na carteira do Nord Ações, e de Itaú Unibanco (ITUB3), na carteira Nord Dividendos.

Vale mencionar que a dinâmica do BTG Pactual em comparação com os demais bancos é bastante distinta. A companhia possui resultados no banco de varejo (Consumer Banking), mas seus negócios são bem pulverizados entre mesa de operações, gestão de fundos e fortunas e portfólio de crédito.

Fonte: BTG RI

Além disso, o BTG tem conseguido elevar sua captação de recursos para gestão trimestralmente e neste ano deverá ser impulsionado pelas linhas de negócio: mesa de operações (sales & trading), asset e wealth management (gestão de fundos e fortunas).

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