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SMAL11: Small Caps em alta nas recomendações em tempos de Selic em queda

Imagem: Freepik

Como diz o Especialista em Investimentos do Acionista, Gustavo Guerses, o ETF é investimento mais simples e barato para surfar a valorização de uma tendência. Assim, para quem deseja buscar as valorizações das Small Caps, o ETF mais sugerido entre os analistas é o SMAL11. Porém, antes é bom entender porque elas estão baratas.

Conforme a Nord, o SMLL, índice brasileiro com empresas de baixo valor de mercado, registrou valorização de +17,1% no último ano. O movimento foi impulsionado por alguns fatores positivos, como o início do ciclo de cortes dos juros no país e uma entrada relevante de investidores estrangeiros na bolsa brasileira ao longo de 2023. “Contudo, ainda que expressivo, o desempenho ficou abaixo de outros índices da B3, como o IBOV e o IDIV, que registraram altas de +22,3% e +26,8%, respectivamente.”

Dessa forma, mesmo após a alta, o índice SMLL segue negociando a múltiplos abaixo de sua média histórica, por um EV/Ebitda de apenas 6,2x (cerca de 60% ainda distante da média).

E mais, para a Nord, a taxa de juros tem ajudado muito. O que pode contribuir para uma retomada da bolsa, em especial das Small Caps, é a manutenção do ciclo de queda da Selic, que está 10,75% a.a.

Entre os ativos de Renda variável, segundo o site O Especialista, as Small Caps demonstram maior potencial de retorno.

Projeções muito otimistas

Conforme o site, equipes de macroeconomia do Banco Safra e do banco suíço J Safra Sarasin indicam cortes de juros a partir de junho nos EUA e também na Zona do Euro. “De acordo com as projeções do Safra, a taxa básica de juros deve cair nas próximas reuniões do Copom para 8,75% em meados de setembro.”

O cenário positivo das Small Caps é favorecido pela expectativa de atividade econômica em recuperação. Soma-se a isso,  o bom espaço de valorização para o Ibovespa como um todo, segundo análises do Banco Safra.

Um exemplo: em fevereiro, o desempenho foi tímido, de +0,99%, em relação a pares internacionais como S&P 500 e Nasdaq, ambos acima de + 5%. “Isso coloca as small caps em cenário ainda mais interessante, pois elas tendem a ter melhor performance no ciclo de queda de juros do que as blue chips, as ações de grandes corporações que são negociadas com mais liquidez”, conforme especialistas da Safra Corretora ouvidos pelo O Especialista.

Conforme a Guide, não são somente os juros que estão a favor das Small Caps em 2024.

Os setores de petróleo e materiais básicos”representam cerca de 40% do Ibovespa (20% cada um). Já no SMLL, estes grupos são pouco relevantes.

“Por outro lado, setores mais sensíveis à taxa de juros como varejo, bens de consumo, indústria, representam mais de 50% do SMLL, disse o analista da Guide Matheus Haag, conforme o Space Money. Para ele, tanto o Ibovespa quanto o Small se beneficiam da queda dos juros. “Contudo, pela composição de cada índice, o Small tende a ser mais sensível à oscilações na taxa Selic que o Ibovespa”.

SMALL11

O ETF SMALL11, contém as principais small caps brasileiras e soma uma capitalização de mercado que supera os R$ 4 bilhões. A rentabilidade máxima do Certificado de Operações Estruturadas (COE), é a variação do IPCA somada à valorização de 19,99% do SMAL11 no período. A mínima garantida é a variação do IPCA no período.

Empiricus: operação pair trade 

Um tempo atrás o estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, recomendou em relatório uma operação pair trade: long no ETF de small caps (SMAL11) e short no ETF que replica o Ibovespa (BOVA11). 

Cenário

O prognóstico de queda da inflação, juros menores, atividade local mais forte e superações de preocupações fiscais devem beneficiar os ativos de risco. 

Operação

O long & short é uma operação de arbitragem, de trading, em que o investidor mantém uma posição vendida (short) em um ativo e comprada (long) em outra. O intuito é lucrar com a diferença de desempenho dos dois ativos quando a operação for liquidada.

Exemplo – O investidor possui o valor de R$ 100 para investir, no caso, em SMAL11. 

Além dos R$ 100, ele decide “shortear” R$ 100 no BOVA11. O short funciona como uma espécie de “aluguel”. Assim, ele “aluga” R$ 100 deste ETF e o vende. Logo, ele tem R$ 200 reais para investir na ponta long, no caso o índice de small caps. 

Em um cenário hipotético em que o SMAL11 se valorizasse 20%, os R$ 200 se transformariam em R$ 240. Supondo que o Ibovespa subiu 5%, o valor a quitar a posição short seria R$ 105 (os R$ 100 “alugados” inicialmente mais os 5% de valorização). 

Assim, ao final da operação, o investidor teria um saldo de R$ 135 (R$ 240 de lucro na ponta long menos os R$ 105 para liquidar o short), lucro de R$ 35. 

Por outro lado, caso o acionista tivesse investido apenas os R$ 100 reais que detinha inicialmente no SMAL11 e ETF valorizasse os mesmos hipotéticos 20%, ele teria um lucro de R$ 20, R$ 15 a menos do que ganharia na operação long & short. Portanto, o pair trade permite que o investidor se alavanque para investir um valor maior na posição comprada.

Mas atenção, para realizar o long & short, é necessário entrar em contato com sua corretora, que explicará de maneira mais detalhada os termos da operação.

Cíclicas domésticas do SMAL11

Para entender melhor o racional por trás da operação long SMAL11, short BOVA11, segundo a Empiricus, existe uma categoria de ações mais sensíveis à queda de juros: a de cíclicas domésticas – especialmente aquelas com alguma alavancagem financeira. 

“Na ponta long, o SMAL11, ETF que replica o desempenho das ações de empresas de pequeno e médio porte, tende a reagir com mais intensidade ao cenário favorável.

Isso não significa que o Ibovespa – e consequentemente o BOVA11, ETF que o replica -, não deva andar bem. No entanto, empresas ligadas a commodities e os bancos tradicionais, que compõem boa parte do índice, devem ter desempenho bem mais tímido.”

Commodities

As empresas do setor de commodities “são menos sensíveis a cortes na Selic, porque se ligam mais à economia global, além de estarem circunstancialmente pressionadas por conta da decepção com o ritmo da reabertura chinesa e com os temores de desaceleração da economia norte-americana”, escreveu Felipe.

Bancos

Em paralelo, os bancos também não são tão afetados pelo ciclo de queda dos juros. “Em determinados momentos, inclusive, costumam se beneficiar dos juros altos e servem de refúgio para momentos de alta da Selic”, avaliou. 

“Os dois segmentos acima representam mais da metade do Ibovespa. Mesmo que o desempenho médio das ações brasileiras seja espetacular, talvez o Ibovespa não suba tanto assim, porque metade do índice estará preso na desconfiança com o preço das matérias-primas e as sutilezas do setor bancário”, explica o analista.

O protagonismo das Small Caps

Conforme publicação do Valor Investe, as “small caps” são mais expostas à economia local e sensíveis ao ciclo de juros. Entre os setores da bolsa, a classe tende a ser mais penalizada durante os ciclos de aperto monetário. “Por outro lado, em períodos de taxas mais baixas e de crescimento econômico, as ações dessas companhias se beneficiam do cenário doméstico mais otimista e costumam oferecer maior potencial de retorno.” 

Desta forma, com o ciclo de queda da Selic,  com otimismo que as quedas continuem nos próximos meses e aquecimento da economia brasileira, os analistas acreditam que pode ser a vez desses papéis de small caps se valorizarem na bolsa.

Você também acredita nas small caps? Saiba quais as recomendações dos analistas para investir nas empresas da categoria. VEJA POR AQUI.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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