Os Fundos de Investimentos em Ações (FIAs) se tornaram a porta de entrada para muitos brasileiros que têm trocado a segurança da renda fixa pelas oportunidades do mercado de capitais. Até outubro, a B3 contabilizava o número recorde de 2,4 milhões de pessoas investindo em ações, movimentando um total de R$ 380 bilhões.

As aplicações em FIAs cresceram 6,9% nos primeiros nove meses deste ano nas gestoras de patrimônio, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), alcançando R$ 34,6 bilhões. Esta modalidade de aplicação já responde a 15,5% de todos ativos geridos pelas gestoras.

De acordo com a Anbima, com a redução da Selic a partir de 2017 houve uma procura maior dos investidores por alternativas de investimentos em fundos – e as classes de multimercados e de ações vêm ganhando cada vez mais relevância, analisa o presidente do órgão, Carlos André.

A fintech consolidadora de investimentos SmartBrain listou os FIAs preferidos pelos investidores nos primeiros nove meses do ano. Em primeiro lugar, vem o Constallation Institucional FIC Fia, seguido por Indie Fic Fi Ações, BTG Pactual Absoluto, ARX Income FIA e Equitas Selection FIA.

Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, avalia que investidores que pretendem aplicar em FIAs daqui por diante têm a ganhar em razão da diversificação da carteira e da menor exposição à volatilidade de algumas ações pontuais, em meio a um cenário de incertezas. Além disso, a escolha é certeira porque podem contar com um gestor profissional que acompanha o mercado em busca de retornos superiores a determinadas referências de mercado, como o Ibovespa.

“Fica difícil ao investidor, individualmente, ficar tentando encontrar o melhor ou o pior momento para comprar ou vender as ações. Além disso, os fundos possibilitam resultados mais constantes no longo prazo”, afirma.

Eduardo Guimarães, especialista em mercado de ações, dá sua perspectiva para o segmento para os próximos meses, que pode servir como baliza para o investidor decidir se entra (ou permanece) nos fundos de ações.

“É preciso estar muito atento às reformas, pois o governo terá de fazer alguma coisa para controlar os gastos públicos. É hora de ir às compras com cautela, pois há risco de volatilidade no país. Ainda assim, há um potencial de valorização do Ibovespa entre 110 mil e 125 mil pontos ao final deste ano, mas depende muito do risco fiscal”, comenta.

Ramiro Gomes Ferreira, fundador da gestora de investimentos Clube do Valor, avalia que os fundos mais prósperos para se investir nos próximos meses serão aqueles que equilibrem as taxas de administração com a diversificação das ações. Ele recomenda que se conheça as estratégias – que precisam ser transparentes – do gestor para se tomar a melhor decisão. “Também é muito importante cuidar o histórico do fundo, como ele flutuou ao longo dos anos em sua performance em períodos de crise e bonança em relação ao Ibovespa”, explica.

O investidor precisa estar atento às taxas de administração, que, se forem muito altas podem corroer os ganhos da aplicação, reforça Ferreira. Via de regra, esta taxa flutua ao redor de 2% ao ano. Também pode haver taxa de performance, que incidirá sobre o ganho após determinado “gatilho”, como superar o Ibovespa. Por fim, é preciso estar sempre atento à incidência de Imposto de Renda e sobre os riscos de perdas financeiras, caso as cotas caiam.

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