“Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades organizacionais da Petrobras”, disse a estatal em nota, sem informar no entanto o número de empregados envolvidos.
Segundo a Petrobras, os empregados poderão também optar por adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV) da empresa, “conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”.
De acordo com a companhia, as plataformas hibernadas não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processo de venda. Desde o início da pandemia do Covid-19, o preço do petróleo vem caindo sucessivamente com a perspectiva de redução da demanda.
Hoje, o petróleo negociado nos Estados Unidos (WTI) fechou abaixo dos US$ 20, em queda de 1,19%, cotado a US$ 19,87 o barril. O petróleo tipo Brent encerrou em queda de 6,45%, cotado a US$ 27,69 o barril. O agravamento da redução da commodity se deveu a projeções da Agência Internacional de Energia (AIE), que previu queda recorde de demanda para este ano.
Para enfrentar a crise do setor, além de hibernar plataformas a Petrobras desembolsou linhas de crédito, cortou e postergou investimentos, reduziu gastos operacionais e despesas com pessoal, entre outras medidas. A empresa também vem renegociando contratos com grandes fornecedores e adiou o pagamento de dividendos para os acionistas.
“As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise”, afirmou a estatal.
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