A área de imprensa da empresa detalhou a informação já concedida ao mercado no dia 26/março (comentado em nosso Boletim no mesmo dia), acerca da paralisação de 62 plataformas em campos de águas rasas localizados nas bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará.
Segundo a Petrobras, estas plataformas têm custos de produção maiores que os atuais preços do petróleo. A parada dessas unidades corresponde a um corte de produção de 23 mil barris de petróleo por dia.
Vale lembrar que a Petrobras anunciou recentemente dois cortes em sua produção de 100 mil barris por dia, equivalentes a 6,8% do volume médio diário produzido no Brasil durante o 4T19. Na semana passada, a empresa informou que em abril manterá uma produção média de petróleo no Brasil de 2,07 milhões de barris ao dia, volume 13,5% menor que no 4T19.
As plataformas paralisadas, em sua grande maioria (80%), não são habitadas. Os empregados que trabalham nas unidades habitadas serão transferidos para outras unidades da Petrobras.
A paralisação destas plataformas estava dentro de um conjunto de medidas adotadas pela Petrobras para combater os efeitos da crise atual. Foram medidas duras, que vão reduzir a produção, mas coerentes com o presente momento.
A queda no preço do petróleo é fruto da crise de demanda provocada pelas medidas para combater a pandemia e de oferta, dada pelas desavenças entre a Arábia Saudita e a Rússia. Interessante notar que mesmo o corte na produção de 10 milhões de barris ao dia; decidido na semana passada pela OPEP+, não levou a uma alta consistente na cotação do petróleo.
O preço médio do Brent no 4T19 foi de US$ 59,90 por barril, que caiu para US$ 50,66/ b no 1T20 (-15,4%) e despencou 38,6% para US$ 31,08/b nos primeiros dias de abril. O preço hoje (US$ 28,58/b) é ainda menor que a média em abril.
Este ano, PETR4 caiu 45,7%, bem mais que o Ibovespa, cuja desvalorização no período foi de 31,8%. A cotação de PETR4 (R$ 16,38) estava 47,6% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 51,0% acima da mínima.
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