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Pagadoras de dividendos: Três empresas para a sua carteira

Imagens Canva

Dividendos são tão bons que causam muita polêmica quando uma empresa reconhecida por pagá-los, os diminui. É a pauta que ganhou a mídia com o anúncio da Petrobras (PETR4) de não distribuir dividendos extraordinários. Acontece que quem tem carteira com empresas que pagam dividendos, acostuma-se à regularidade em recebê-los. É o momento que o investidor brilha os olhos.

Uma carteira bem montada que contenha ações e/ou fundos imobiliários tem o poder de acelerar o crescimento do patrimônio, além de criar uma renda passiva e proteger o poder de compra do investidor, conforme os analistas. Mas é preciso estar alerta, porque o mercado financeiro é sensível a uma série de fatores internos e globais, os valores de dividendos pagos pelas empresas tendem a variar bastante.

“Para saber se a empresa que você está de olho paga bons dividendos, analise o histórico de pagamentos. Afinal, algumas empresas pagam ótimos dividendos em um ano, mas passam depois por alguns períodos sem pagar nada aos acionistas. Procure por constância nesses pagamentos”, indica a XP Investimentos.

Resultados fracos

Mesmo que a empresa apresente resultados trimestrais fracos, o importante é conhecer o seu desempenho ao longo da sua trajetória e não se limitar a um cenário específico e pontual. Isso porque uma empresa sólida tem um bom guidance (projeções futuras) e credibilidade. Outra observação importante: o melhor momento para investir em commodities, por exemplo, é quando ela está em queda. 

Três empresas para ter na carteira de dividendos

1 – Porto Seguro (PSSA3)

O lucro líquido recorrente da Porto Seguro no 4T23 foi de R$ 689 milhões e ficou acima das estimativas do consenso que era de R$ 640 milhões. “O dinamismo da divisão de seguros foi mais fraco mais uma vez, no entanto, com uma piora das margens e desaceleração nos prêmios emitidos, que provavelmente será o principal ponto de atenção dos investidores ao longo de 2024”, comentam os analistas da Ágora.

Eles consideram os resultados do 4T23 da Porto Seguro como neutros para as ações, já que os lucros que superaram o consenso são atribuídos principalmente a resultados financeiros mais fortes – e não a atividade em si. 

“No futuro, acreditamos que o foco principal dos investidores deverá ser a tendência para o seguro de automóveis em 2024, pois esperamos uma maior sinistralidade e desaceleração dos prêmios, o que resulta em um ambiente desafiador para o crescimento dos resultados. Vemos PSSA3 sendo negociada a 7,6x o múltiplo P/L para 2024.”

A Mirae Asset também se mantém “neutra”. Os analistas esperam uma  desaceleração nos prêmios automotivos em 2024, mas com crescimento em outros setores, especialmente na Saúde. Espera-se controle na sinistralidade, recuperação nos cartões e melhorias nos custos de crédito. 

“Em meio à incerteza para 2024, iniciamos o acompanhamento da empresa com uma classificação neutra, enfatizando a importância de monitorar as tendências no seguro automotivo, que apresentam desafios ao crescimento dos lucros.”

2 – Telefônica Brasil (VIVT3)

De acordo com relatório da Ativa, a Vivo reportou bons resultados neste 4T23. Nas receitas, seu crescimento em pós-pago alavancou as receitas móveis. Ademais, a sua evolução em FTTH a levou novamente a um bom desempenho nas receitas fixas. “Apesar de mostrar maior CPV, a empresa conseguiu um Ebitda e Margem Ebitda acima do que esperávamos. Mesmo com um pior resultado financeiro YoY, seu lucro líquido também superou as nossas expectativas. Temos uma impressão positiva dos resultados e esperamos boa recepção por parte do mercado.” 

Segue mostrando boa geração de caixa e disciplina em seus desembolsos de capex, segundo os analistas, mas eles seguem neutros, “acreditando que ao menos boa parte destes avanços já se encontra atualmente valorada em seus múltiplos atuais”. 

Para os analistas da Mirae Asset, os resultados foram excelentes. Receita líquida de R$ 13,5 bilhões (+6,9% a/a e +3,2% t/t), ficando em linha com as expectativas; o Ebitda superou as previsões e totalizou R$ 5,7 bilhões (+9,9% a/a e +3,8% t/t). Mas o grande destaque ficou para o lucro líquido que ficou em R$ 1,6 bilhão (+42,1% a/a e +8,8% t/t), ficando bem acima do consenso. Outro destaque  é o guidance de remuneração aos acionistas mantido por meio de dividendos, Juros sobre Capital Próprio (JCP), redução de capital social e recompra de ações em valor igual ou superior a 100% do lucro líquido anual até 2026. 

“Seguimos otimistas em relação ao potencial de geração de caixa da empresa, impulsionado pela crescente demanda por produtos e serviços de maior valor agregado, e pelas oportunidades emergentes em um mercado de fibras ainda subpenetrado. No entanto, estamos ajustando nossa recomendação para neutra, pois, nos atuais níveis de cotação, vemos pouco upside para VIVT3.”

3 – Gerdau (GGBR4)

A gigante do aço dificilmente estará fora das recomendações quando o assunto são dividendos. Mesmo reportando números fracos no 4T, que refletem não apenas a fraqueza da sazonalidade do período, com impacto em volumes, mas também a piora do ambiente competitivo no Brasil, segundo o BB Investimentos. Este cenário é explicado principalmente pela intensificação das importações de aço no país, cuja taxa de penetração atingiu recorde histórico de 25% em dezembro/23. 

Destaque para a receita líquida da Gerdau de R$ 14,7 bilhões, Ebitda ajustado de R$ 2 bilhões e lucro líquido de R$ 732 milhões. “Apesar do fraco desempenho operacional, a companhia apresentou fluxo de caixa livre de R$ 1,3 bilhão (ante R$ 2,2 bilhões no 3T23 e R$ 1,1 bilhão no 4T22), beneficiado pela significativa liberação de capital de giro no período.”

Perspectivas:

conforme os analistas do BB, a empresa tem atuado como uma das protagonistas no pleito para a adoção de medidas pelo governo que protejam a siderurgia brasileira das importações, especialmente provenientes da China, tal qual foi feito por outros países. “No entanto, até o momento não houve avanços nesse tema, o que poderá continuar impactando negativamente os resultados da empresa ao menos no curto prazo, ainda que as perspectivas sejam de ligeira melhora na demanda no mercado interno neste ano”, comentam. 

Entretanto, por outro lado, há expectativa de que o cenário para a ON América do Norte continue favorável, “e embora as margens desta operação tenham apresentado reduções sequenciais nos últimos resultados, seguem em níveis saudáveis e acima da média histórica em razão tanto da demanda aquecida como da maior competitividade da companhia nesse mercado”. 

Recomendação:

Na opinião do BB,  os fundamentos de longo prazo da empresa continuam sólidos e, em função da desvalorização das ações GGBR4 nos últimos meses, os papéis continuam sendo negociados a um múltiplo projetado de ~3,5x EV/EBITDA para 2024, que representa um desconto de aproximadamente 27% em relação à sua média histórica dos últimos 5 anos (4,8x). “Assim, mantemos nossa recomendação de Compra para GGBR4 e nosso preço-alvo 2024e de R$ 31,00”. 

Segundo a Genial, é um trimestre para esquecer. “Apreciamos a tese de investimento da empresa e notamos um impacto menos prejudicial dos ciclos de baixa do aço em seus resultados hoje em comparação com antes de 2021 (marca do último ciclo bullish).”

Para os analistas que creditaram isso aos melhores níveis de rentabilidade da Gerdau nos últimos 5 anos, diante do bom trabalho que a companhia conseguiu fazer em relação a investir nos ativos certos, melhorando o valor do mix de produtos, ao mesmo tempo que desinvestiu de ativos que não geram a rentabilidade adequada . “Sabemos, portanto, que a redução forte de resultados no 4T23 não possui correlação com decisões equivocadas da companhia e sim com a naturalidade do negócio cíclico de siderurgia. Ainda assim, esse é um trimestre para esquecer”, comentam. Além disso, a recomendação é de manter, com um Target Price 12M de R$24,50, configurando um upside de +14,49%.

Acompanhe as Recomendações Dividendos: Fique por dentro das oportunidades e atualizações das empresas por aqui.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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