Comidas e variadas linhas de produtos para animais domésticos (pets) são um negócio bom pra cachorro – ou bom pra burro, bom pra dedéu etc –, dizia-se em uma outra época. Atualmente não importa como se diz, nem em que idioma (já que o inglês sempre cola uma ou mais expressões em tudo o que é canto). O fato é que esse mercado PET, como é conhecido, movimenta algo em torno de R$ 45 / R$ 50 bilhões/ano só no país. E não deve ficar por aí, uma vez que no Brasil o percentual de pessoas com animais chega a dois terços da população, enquanto no mundo o índice é superior a mais da metade da população (56%) com pelo menos um de estimação em casa.

De humanos somos 203 milhões (Censo de 2022, IBGE) e, portanto, de animais deve existir algo em torno de 68 a 70 milhões adotados (os de rua não aparecem na estatística). Há quem aposte no dobro disto, uma vez que os censos que aparecem são muito voláteis. Como hábitos e poder aquisitivo são muitos diferentes de uma região para outra, o consumo de ração, medicamentos, coleiras, guias, camas e um monte de etceteras variam país afora. Objetivamente, por onde quer que vc ande, os números são convidativos.       

O experiente investidor já “pescou” aonde queremos chegar. A Cobasi, gigante do setor, prevê a inauguração de 10 novas lojas para este ano somente no Nordeste (onde incorporou a rede Mundo Pet). No total, a ideia é inaugurar 40 lojas neste ano, pelo Brasil, que se somarão às 41 existentes. Apesar de tanta abertura, até aqui a companhia é de capital fechado.

A Petz é a única aberta, na B3, contemplando 220 unidades. O valor da Petz, em Bolsa, é de R$ 2,7 BI, trabalhando com margem bruta de 40,4%. Não custa lembrar que o faturamento no primeiro trimestre do ano (1T23) subiu 22%, atingindo a casa dos R$ 913 milhões brutos. O Brasil, em volume de negócios, é o terceiro no mundo (perde para Estados Unidos e China somente), respondendo por 5% do mercado global, enquanto EUA representam 44% e China 9%, em números redondos. Segundo a Comissão de Animais de Companhia (Comac), entidade ligada ao sindicato da indústria veterinária, desde a pandemia o número de pets (animais de pequeno porte, domesticáveis, inclusos mamíferos, aquáticos, répteis e aves) cresceu 30% nos lares brasileiros.

Apesar de tanto crescimento, o mercado pet também tem seus soluços. Nos Estados Unidos, líder setorial, em 2022 houve expansão de 16% sobre o ano anterior (21) mas devido à queda de consumo, em geral, este ano de 2023 deverá estabilizar o volume de vendas, aponta Daniel Morimoto, VP e General Manager Brazil da Circana (empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo).

Grosso modo, 60% das pessoas que têm um pet optam pelo cachorro (na maioria dos países pesquisados como Brasil, Argentina, México, Estados Unidos etc). Para quem tem apetite canino por novos investimentos, é bom fazer uma bela imersão neste mundo, porque entre tantas outras coisas existem 280 mil pequenos e médios negócios no país, além dos psicólogos e uma gama enorme de especialidades médicas aos pequenos seres iluminados que, para alguns tantos, não são apenas animaizinhos, mas filhos, filhas e netos. Não demora e teremos sogras, genros e quetais.   

ALIMENTAR

Para atender a crescente demanda global por alimentos e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente, é preciso investir em produtividade e ações conjuntas com todo o setor, admite Marcela Rocha, diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS, que expressou sua visão durante o Fórum Esfera Internacional, realizado em Paris, nos dias 13 e 14 últimos. No painel “Potencialidade do Brasil”, a executiva enfatizou que a fome e as mudanças climáticas são dois desafios que os tomadores de decisão – sejam do poder público, da iniciativa privada ou do terceiro setor – terão de enfrentar juntos.

“Hoje, 10% da população mundial passam fome e um terço vivem em quadro de insegurança alimentar, ou seja, vai dormir sem saber se vai ter o que comer no dia seguinte”, lembrou a porta-voz, justificando a urgência de se produzir mais alimentos, sem perder de vista a missão de frear o aquecimento global.

EMBALAGENS

A Suzano se uniu à gráfica Box Print e à farmacêutica Merck (líder setorial em ciência e tecnologia), para neutralizar as emissões de carbono derivadas da produção de embalagens de medicamentos. Proposta é neutralizar mais de 102 toneladas de COgeradas no processo de fabricação de caixas de medicamentos produzidos pela farmacêutica em 2022.

Esta iniciativa teve suporte de consultoria para mapear e calcular a pegada de carbono de cada etapa do ciclo de vida das embalagens. Para compensar as emissões de carbono de cada embalagem de medicamento serão empregados 103 créditos de carbono – 1 tonelada de CO2 evitada ou compensada corresponde a 1 crédito de carbono –, que serão distribuídos entre Box Print e Suzano.

VEÍCULOS

A No Carbon, empresa da JBS especializada em locação de veículos 100% elétricos, celebrou acordo com a EZVolt, startup de eletromobilidade do portfólio de energias renováveis da Vibra, para o fornecimento de pontos de recarga para a sua frota de caminhões. Com mais de 100 carregadores instalados em três meses, mais 30 pontos serão instalados até o fim do ano, totalizando 130 estações de recarregamento.

Até o momento, a EZVolt já levou seus carregadores para 11 centros de distribuição da JBS em dez estados. Uma das maiores companhias de alimentos do mundo, a brasileira JBS já era cliente da Vibra no segmento B2B para fornecimento de lubrificantes e diesel e agora é também atendida pela EZVolt nesta frente dentro dos processos de transição energética.

US$ 1 BI

Conhecido braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, a Mubadala Capital vê com bons olhos as perspectivas de crescimento do Brasil. Em entrevista à Bloomberg, o presidente da companhia no país, Oscar Fahlgren, revelou desejo de investir US$ 1 bilhão/ano para expandir suas participações no Brasil (fundamentalmente em infraestrutura).

JATOS

A Embraer e a Luxair, companhia aérea de Luxemburgo, assinaram pedido firme para negociação de quatro unidades do E195-E2, jato de corredor único mais eficiente do mercado. Os jatos da Embraer complementarão a frota de aviões narrowbody de maior porte encomendados recentemente pela Luxair.

“Estamos muito satisfeitos em termos a Luxair novamente como cliente da Embraer, pois no passado a companhia já operou o ERJ-145 e o EMB-120”, comenta Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial.

IMPACTO

A Academia ICE apresentou a Coalizão pelo Impacto durante a 13ª edição da Conferência América Latina e Caribe da ISTR (International Society for Third-Sector Research), na última quarta-feira, 11, contando com presenças de Camila Aloi (gerente da Academia ICE), de Camila Brasil (pró-reitora de Inovação da PUC Campinas) e de Renata Brunetti (fundadora da Change for Good). A Conferência aconteceu na FGV EAESP, em São Paulo e teve como tema central “Social Innovation, Social Impact, and Co-Production” (Inovação Social, Impacto Social e Coprodução, em tradução livre), com as palestrantes abordando o Projeto Coalizão Pelo Impacto e a Iniciativa Universidades mais Engajadas na formação de um ecossistema de soluções sociais e ambientais.

Camila Aloi destacou que no desenvolvimento do trabalho da Coalizão, um pedido que chega dos empreendedores sociais é por mais capacitação e formação. “A academia produz muito, mas a capacidade de disseminação do conhecimento ainda é baixo”, avalia. Para exemplificar a relação entre a Coalizão pelo Impacto e as Instituições de Ensino Superior, a pró-reitora Camila Brasil, contou como o projeto e a PUC Campinas estão desenvolvendo projetos em conjunto.

A PUC Campinas é uma das instituições que faz parte da iniciativa Universidades mais Engajadas, que reúne 12 IES, duas em cada cidade de atuação da Coalizão. Segundo a pró-reitora, fomentar o empreendedorismo social está em consonância com a missão da universidade. Renata Brunetti, por seu turno, levou ao painel a sua experiência de parceria entre o negócio de impacto que lidera, Change for Good e a Universidade Mauá.

TECNO

A B3 anuncia investimento na MBOCHIP, uma das líderes em tecnologia de telas de negociação eletrônica no país. O acordo prevê que a B3 adquira participação minoritária na companhia. “A parceria com a MBO, além de ampliar nossa presença na oferta de soluções para clientes institucionais, nos permite avançar no desenvolvimento de soluções de tecnologia para o mercado de capitais”, diz o vice-presidente de Operações e CCP da B3, Mario Palhares.

A bolsa brasileira também lançou duas novas seções de sua plataforma ESG Workspace. Colocado no ar em 2022, o site já contava com informações sobre o ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial). Entre as novidades estão a seção “Títulos Temáticos”, com dados de títulos financeiros ligados à sustentabilidade, registrados no mercado de balcão, e o “ESG Reports Data”, que disponibiliza indicadores ambientais, sociais e de governança corporativa divulgados por empresas listadas em fontes públicas.

DIREITO

Realizado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e apoiado pelo Portal Acionista, acontecerá o 10º Encontro Abrasca de Direito das Companhias Abertas, dia 26 próximo. Representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e alguns dos principais operadores do direito participarão do evento, discutindo o PL 2925, sobre Contencioso Societário; M&A e questões ESG.

Para inscrições acesse https://encontrodedireito.com.br/inscreva-se/

ALFA

O Banco Safra e a Administradora Fortaleza, controladora do Conglomerado Financeiro Alfa, publicaram comunicado ao mercado informando a conclusão da transação de aquisição do controle acionário. O texto destaca que as instituições, Safra e Alfa, seguirão suas atividades e operações separadas e de forma independente.

O Safra é um dos maiores bancos privados do Brasil, atuando em todos os segmentos da indústria financeira. O Patrimônio Líquido é de R$ 24 bilhões, com total de ativos de R$ 270 bilhões e recursos captados e administrados de R$ 300 bilhões.

GLOBAL ETHICS

“Ética como Vetor de Sustentabilidade” é a pegada do evento Global Ethics Day 2023, que acontecerá no dia 18 próximo, com transmissão pelo canal youtube da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps). Cláudia Sérvulo coordena o evento, que também terá público presencial no Auditório Fecap, em São Paulo.

Inscrições: https://lnkd.in/ddbuQ6j8

IBGC

Dias 17 e 18, desta semana, haverá o 24º Congresso IBGC, reunindo 100 palestrantes para discutir o tema-base “Governança em rede: conectando stakeholders”.

Entre os convidados estarão Alexandre Silva, presidente do Conselho de Administração da Embraer; Denise Pavarina (Bradesco); Fernando Modé (Grupo Boticário); Maria Homem (psicanalista); R. Edward Freeman (professor emérito de administração de empresas da Universidade de Virgínia), online; e Tânia Cosentino (Microsoft). https://www.ibgc.org.br/congresso/

Foto/Divulgação: Acima, a veterinária (e bióloga) Bruna Lobo com seu fiel escudeiro, Dobby (que a acompanhou em toda a graduação), em SC.

Publicidade

Clube Acionista

A maior cobertura para impulsionar sua carteira de investimentos

Agendas

Saiba quando as empresas vão pagar antes de investir.

Análises

Veja análises dos bancos e corretoras em um só lugar.

Carteiras

Replique carteiras dos bancos e corretoras para investir com segurança.

Recomendações

Descubra a média de recomendações de empresas e fundos.

Clube Acionista

A maior cobertura para impulsionar sua carteira de investimentos

Agendas

Análises

Carteiras

Recomendações

Comece agora mesmo seu teste grátis