O dique localizado atrás do prédio da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Zona Norte de Porto Alegre, não suportou a pressão da água e rompeu na tarde deste sábado (04/05). A cedência do portão que faz a contenção da água ocorreu às 16h de hoje.A população esvaziou às pressas a avenida Assis Brasil. Houve uma grande confusão, com pessoas correndo para fugir da água, carros transitando na contramão da via e comércios tentando salvar produtos da enchente. Tropas do Exército e agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estão no local tentando orientar as pessoas.Na sexta-feira, a prefeitura orientou que as comunidades Asa Branca, Minuano, Vila Elizabeth e Nova Brasília, na região do bairro Sarandi, deixassem o local, devido a um pequeno transbordamento. Apesar do grande esforço de contenção que entrou durante a madrugada, a água do Dique Sarandi começou a extravasar na manhã deste sábado. E, à tarde, a estrutura que represa as águas do rio Gravataí cedeu por completo.Embora a capital esteja sitiada pela água, o prefeito Sebastião Melo solicitou que a população racione água. Com a elevação no nível do Guaíba – que chegou a 5,16 metros -, quatro das seis estações de tratamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) estão inoperantes. O prefeito também fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa e ajudem com doações, principalmente de colchões. Mais de 2 mil pessoas estão acolhidas nos abrigos provisórios da prefeitura.As Estações de Tratamento de Água (Etas) Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza foram desligadas devido aos alagamentos. Não há previsão de retomada da operação.O diretor do Demae, Mauricio Loss, observa que a situação mais grave é na Ilha da Pintada, onde parte da estrutura da estação foi arrastada e precisará ser reconstruída. “Não medimos esforços para recuperar as estações. Depois que as águas baixarem será necessário avaliar os danos físicos e elétricos’’, afirma o diretor.A Defesa Civil Estadual atualizou no início da tarde os números da tragédia em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul. Agora são 300 municípios atingidos, com 422.307 gaúchos afetados pelos transtornos causados pelas enchentes. Até o momento, a Defesa Civil contabiliza 32.640 pessoas desalojadas, 9.581 pessoas em abrigos e outras 74 feridas.Segundo a instituição, subiu para 57 o número de mortos confirmados e para 67 o de desaparecidos. As equipes seguem atuando para atender a população afetada e garantir a segurança da população.Resgates – Apesar de uma garoa fina, seguiram hoje os trabalhos de resgate dos ilhados. Além de quase todo o efetivo das forças de segurança do Estado estarem em campo, o Rio Grande do Sul conta com o apoio fundamental do Exército e de policiais militares e civis de pelo menos nove outros estados brasileiros. A força-tarefa supranacional, composta por mais de 3 mil servidores e uma frota de mais de 1.460 veículos, tem sido decisiva para os quase 9 mil resgates realizados desde segunda-feira.Somente as forças de segurança do Estado, incluindo Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, mobilizaram mais de 2 mil servidores, atuando tanto na linha de frente quanto na retaguarda dos salvamentos nas regiões mais afetadas. Todo o contingente de aeronaves, embarcações e viaturas foi mobilizado para intensificar os resgates. O Corpo de Bombeiros, por exemplo, conta com mais de 50 veículos aquáticos em operação.O Exército também mobilizou mais de mil militares no Estado, atuando em resgates, logística e planejamento estratégico dos salvamentos e fornecimento de suprimentos às pessoas ilhadas ou isoladas. Pelo menos 17 aeronaves das Forças Armadas estão sobrevoando as áreas inundadas para prestar socorro às vítimas.Nove estados brasileiros também enviaram efetivos militares e veículos para reforçar as forças de resposta no Rio Grande do Sul, totalizando quase 200 pessoas de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Bahia.Na sexta-feira, a Força Aérea do Uruguai anunciou o envio de um helicóptero Airbus AS365 Dauphin, de última geração, equipado com dispositivos de busca e salvamento. As negociações para a utilização da aeronave em território brasileiro, com tripulação uruguaia, estão sendo conduzidas pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil.O helicóptero Airbus AS365 Dauphin, de origem francesa, tem capacidade para transportar de três a seis tripulantes e de seis a oito passageiros, com autonomia de voo de 3 horas e 30 minutos e velocidade máxima de 420 quilômetros por hora.

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