Com o foco nos shoppings, os motoboys querem ampliar o impacto da manifestação na operação dos aplicativos, mas sem atrapalhar o trânsito das cidades. Os entregadores protestam contra as condições de trabalho oferecidas por aplicativos como Uber Eats, iFood, Rappi e Loggi. Reivindicam a criação de uma tabela mínima para o serviço e o reajuste do porcentual repassado aos motoboys pelas entregas.
A paralisação de hoje foi organizada pelos líderes do “Breque dos Apps”, o mesmo que em 1º de julho reuniu milhares de trabalhadores de várias partes do País. Ontem, presidentes de seis centrais sindicais emitiram nota apoiando o movimento.
Apps
As empresas dizem que operam como intermediadoras da relação entre comerciantes, motoboys e consumidores. E negam relação de vínculo empregatício com entregadores.
Desde que os motoboys deflagraram o movimento, Uber Eats, Rappi e Loggi só comentam o caso por meio da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), que reúne os apps.
O iFood diz que a pauta dos motoboys é justa, mas critica a ausência de uma legislação específica para trabalho dos entregadores e as rivais. “O iFood, como pioneiro na indústria, vem subindo essa régua (de relacionamento com os entregadores) constantemente. Mas as demais empresas não estão ainda no patamar dos benefícios e proteções que nós damos”, diz o diretor financeiro e de estratégia do iFood, Diego Barreto.
Procurados, Uber Eats, Rappi e Loggi não quiseram comentar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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