Ontem, os mercados de risco melhoraram um pouco o desempenho, principalmente após a divulgação da ata da última reunião do FED expressando que vão usar todas as ferramentas possíveis para apoiar a recuperação da economia e que juros devem permanecer no patamar entre zero e 0,25% até por anos. Com isso, o Dow Jones ainda encerrou com queda de 0,30% e o Nasdaq com alta de 0,95%.

Aqui, a Bovespa fechou com valorização de 1,21% e índice em 96.203 pontos, situação (acima de 96 mil pontos) que não ocorria desde 19/6. O dólar terminou o dia com desvalorização de 2,6%, e moeda cotada a R$ 5,31.

Hoje, mercados no mundo operando com boa alta. Na Ásia, no encerramento, destacamos a alta de Hong Kong com 2,85% e Xangai com +2,13%. Na Europa, dia começando forte e boa recuperação das quedas de ontem e futuros dos EUA também no campo positivo. Aqui, temos marcado que a ultrapassagem do patamar de 98 mil/99 mil pontos seria importante para ganhar consistência na recuperação e começamos caminho para tal.

Investidores animados com o desenvolvimento e aplicação mais rápida de vacinas contra a covid-19 fazem a alta do dia, junto com a redução de estoques de petróleo nos EUA mostrada ontem. Isso induz a percepção de menor risco de uma segunda onda de contágio pelo vírus e melhora a expectativa de retomada das economias. Mas o dia pode ser complicado pela divulgação do Payroll de junho com a criação de vagas nos setores público e privado dos EUA, assim como o feriado do Dia da Independência nos EUA, com mercados fechados. Mas o quadro é favorável.

Na zona do euro, a taxa de desemprego de maio subiu para 7,4%, mas a previsão era de ficar em 7,7%. Lá a inflação medida pelos preços no atacado (PPI) de maio ficou em -0,6%, contra previsão de -0,5%. Já nos EUA, a Câmara presidida por Nancy Pelosi, aprovou ontem pacote de investimentos em infraestrutura de US$ 1,5 trilhão, mas o presidente Donald Trump pode vetar.

Afinal, ele está em campanha e tem que colher os méritos, já que está atrás de Joe Biden em cerca de 14%.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,60%, com o barril cotado a US$ 40,06. O euro era transacionado em alta para US$ 1,128 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,68%. O ouro e a prata mostravam altas na Comex e commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago também com viés positivo.

No segmento doméstico, o STF pelo ministro Celso de Mello prorrogou por mais 30 dias as investigações do inquérito envolvendo disputa entre o ex-ministro Sérgio Moro e o presidente Bolsonaro. Já o MP quer vetar o reajuste de militares anunciado pelo presidente.

O Ministério da Saúde divulgou que as mortes pela Covid-19 já passam de 60.600, mas acredita que estamos entrando num platô de contágio, para começar o declínio. Também foi anunciado o IPC da Fipe do mês de junho com inflação de 0,39%, e com isso a inflação do primeiro semestre ficou em +0,34%.

A agenda do dia tem capacidade de interferir na tendência dos mercados com a divulgação do Payroll de junho, os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior e saldo da balança comercial de maio; tudo nos EUA. Aqui, o IBGE anuncia a produção industrial de maio. Porém, as previsões são de Bovespa em alta, dólar ainda fraco e juros movendo no sentido da queda.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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