Quantas e quantas vezes você já escutou ou pensou que a implementação de uma estrutura robusta de governança corporativa vem para assustar e tirar o sono dos empreendedores e executivos de uma organização que querem acelerar as operações e rentabilizar um retorno rápido do investimento invertido?

Isto vai travar nossos processos!!!

Vamos engessar nossa operação!!!

Vamos perder agilidade!!!

Que burocracia chata!!!

Este pessoal de finanças que se preocupa com governança não é nosso parceiro de negócios!!!

Não vamos trazer o retorno do investimento no tempo que precisamos!!!

Estou segura de que já escutaram estas frases ou similares a estas por diversas vezes ao longo da carreira de vocês. Já ouviram também sobre o ditado popular de que “Quando há fumaça, há fogo.” Portanto, dentro de um comportamento de escuta ativa, nós financeiros precisamos entender os diversos vieses existentes e encontrar formas para conseguirmos transpassá-los e ressignificá-los.

Ademais, ao longo de minha carreira como executiva de finanças tenho observado que somente a visão técnica não engaja e compromete times, pares e líderes de uma organização. Portanto, além dos constantes estudos na área técnica para apoiar o negócio a trazer resultados sólidos e rentáveis, tenho buscado um aprendizado contínuo no âmbito comportamental e da neurociências.

Minha conclusão tem sido de que somente tendo uma abordagem conjunta de uma finanças humanizada e uma modelagem assertiva, sutil, leve e ágil de governança corporativa, que um executivo de finanças consegue contribuir para o ciclo virtuoso da economia privada e na geração de riquezas para todos os stakeholders envolvidos.

Para apoiar esta assertiva que trouxe acima, dentro de uma modelagem Lean Six Sigma, criei um “non-hypothesis” de que a resposta primária e de caráter angular para obter os resultados esperados que mencionei acima é a utilização de uma vertente humanizada e com foco nas pessoas, e conduzi uma pesquisa com CFOs e CEOs de corporações de médio e grande portes.

O resultado da pesquisa provou que somente quando utilizaram a estratégia voltada a pessoas nas organizações é que se consegue obter os resultados desenhados dentro do plano estratégico.

A prova em relação a importância da Governança Corporativa vem do que o próprio mercado traz, tanto no que diz respeito às exigências regulatórias para um processo de abertura de capital, como das exigências tácitas para a captação de qualquer tipo de recurso que viabilizer e alavanque o crescimento da empresa. Reforçado pelo conceito ESG (environmental, social and governance) que tem sido colocado como condição mandatória para um novo mundo em que o mundo exige uma maior responsabilidade ambiental e social para conseguirmos termos gerações vindouras saudáveis e sustentáveis.

Portanto, empreendedores e executivos, financeiros ou não, pensemos em como trazer uma governança leve e sutil para sua empresa, associada a uma abordagem digital e humanizada para conseguirmos influenciar e engajar todos os stakeholders.

Regina Biglia

Executiva de finanças com vivência 360º das áreas de finanças em grandes indústrias multinacionais dos segmentos farmacêutico, e de alimentos e bebidas, além de sólida experiência em Governança Corporativa advinda de seus 13 anos em Big 4 de auditoria e Head de Riscos e Controles Internos com histórico comprovado de sucesso na liderança para elevar o patamar da maturidade da governança local. É uma líder apaixonada por pessoas, explorando o melhor pontecial de cada, e pelo mindset digital em que a tecnologia vem para facilitar a experiência do usuário. É uma pessoa comprometida com os aspectos sociais por meio de atuação enquanto coach e mentora de universitários e profissionais que busquem desenvolver uma carreira com liderança humanizada.

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