A convite do editor Nelson Tucci, escrevi este artigo a edição de hoje da Coluna Via Sustentável, publicada no Portal Acionista. Parto da recente data, 26 de agosto, considerado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, para refletir sobre o ponto em que estamos no avanço da diversidade de gênero nas organizações. É fato que estamos avançando, mas não podemos deixar de considerar os impactos que a pandemia nos causou.

A exposição que vêm ganhando o termo ESG (Environmental, Social and Governance) diante deste cenário não é à toa. A tomada para si da urgência, e de forma consistente, de práticas ambientais, sociais e de governança nos ambientes organizacionais não deixa de ser uma resposta e uma forma de combater os tantos efeitos que o cenário pandêmico nos trouxe.

Passados mais de 15 anos de sua criação, a partir da conferência e publicação Wo Cares Wins, do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, em 2005, a sigla ESG prova sua consistência empresarial de diversas formas.

A consideração dessas questões nos Relatórios Anuais das companhias abertas tem sido uma prática essencial. Por representar as práticas atuais das empresas, diferente do enfoque passado – mesmo que de curto prazo – que os dados estritamente econômicos e financeiros propunham aos relatórios, oportunizam também um exercício de autoavaliação das empresas sobre sua postura em termos ambiental, social e de governança. E é claro, além de trazerem mais transparência na relação com os diversos agentes do mercado, sejam eles acionistas, clientes ou funcionários.

Não é um acaso que a postura das empresas, visivelmente as maiores e com capital aberto, se mostraram mais estruturadas em relação à práticas de inclusão e diversidade. De meia década para cá, observa-se claramente a configuração de áreas exclusivamente voltadas a estas questões nas organizações, a designação exclusiva de pessoas para isso, a contratação de consultorias especializadas para colaborar com esse processo, e inclusive a mudança da nomenclatura de setores e vice-presidências, que evoluiu de recursos humanos para pessoas, e hoje alcança algo a mais, como diversidade e inclusão.

Isso significa que o assunto chegou no topo. E do topo, é mais fácil se materializar em benefícios, programas, políticas e, de fato, estar ao alcance da sociedade, seja por meio de produtos, serviços e de promoção social.

Esta situação fica evidente na lista de 2021 feita pela Fortune. Dos 500 CEOs de referência nos Estados Unidos, 41 são mulheres, duas delas negras. E 8% dessas empresas têm liderança feminina. Ainda é pouco, mas é um recorde.

No Brasil, o percentual de mulheres na presidência está na faixa dos 3,5%, de 486 empresas analisadas. E quando chegamos a outros ambientes de liderança, os números não são muito maiores, mas são animadores. Os esforços para que as mulheres e uma presença mais diversa seja reconhecida nos Conselhos, por exemplo, espaço importantíssimo de estratégia, vêm de todos os lados.

De fato todos entendemos que mais diversidade e inclusão faz diferença, não só para os negócios, mas para a nossa continuidade enquanto espécie social. Poder se abraçar a este fio de esperança em um cenário desolador, marcado por tantas perdas – quem dera fossem só econômicas – é um alicerce para continuarmos construindo algo muito melhor.

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