Os fundos que investem na América Latina captaram bilhões para ir às compras. Um deles foi o Advent, com US$ 2 bilhões. “Os fundos de private equity estão muito capitalizados e não conseguiram investir tanto pela competição com o mercado de capitais. Agora, com atividade mais contida (na Bolsa), tendem a crescer”, diz Roderick Greenless, executivo do Itaú BBA.
Mas os fundos também têm dinheiro extra graças à venda de investimentos anteriores. Isso porque conseguiram provar rentabilidade e retornar recursos aos cotistas. O Advent repassou o grupo Big (ex-Walmart) ao Carrefour e fez a abertura de capital da Quero-Quero, de material de construção. Já o Warburg Pincus lucrou com duas estreias na B3: a da varejista Petz e a da Sequóia, de logística.
Mas por que os fundos seguem investindo se a economia está patinando? Presidente da Abvcap, Piero Minardi diz que os fundos olham mais para o micro (a situação da empresa) do que para o macro (perspectivas para a economia toda). Ele pondera, porém, que a volatilidade cambial afasta alguns desses investidores.
No mundo, o private equity deve movimentar US$ 1 trilhão, aponta a Bain & Company, mas o potencial de expansão é maior em países como o Brasil. “Acreditamos no crescimento de longo prazo no Brasil, cuja penetração ainda beira um décimo de países como EUA e Inglaterra, em relação ao PIB”, diz Alexandre Campos, da gestora Neo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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