Hoje, 19 de abril, celebramos uma data muito especial para o Brasil: o Dia dos Povos Indígenas.
O Dia dos Povos Indígenas tem como propósito celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros, combater preconceitos contra os indígenas e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.
Essa data comemorativa foi criada em 1943, durante a ditadura do Estado Novo. Seu surgimento se deu, em boa medida, pela pressão do Marechal Rondon, importante indigenista brasileiro e, ainda, por influência do Congresso Indigenista Interamericano, que havia sido realizado no México, em abril de 1940.
Os povos indígenas no Brasil são uma população de quase 1,7 milhão de habitantes que estão concentrados sobretudo na região da Amazônia Legal, em especial no estado do Amazonas. São a parcela da população descendente dos povos originários, que podem ser definidos como aqueles que estavam no território brasileiro muito antes da chegada dos colonizadores portugueses. Atualmente existem mais de 260 povos indígenas no Brasil, somando uma população de quase 1,7 milhão de habitantes ou 0,83% da população do país. Os principais povos indígenas no Brasil são: guaranis, ticunas, caingangues, macuxis, yanomamis, terenas, guajajaras, xavantes, potiguaras e pataxós.
A diversidade étnica e linguística desses povos tem grande importância para a manutenção da pluralidade cultural do país. Para além disso, os indígenas são parte fundamental da história da formação do território nacional e da preservação ambiental, tendo em vista que levam um modo de vida mais sustentável e em harmonia com os recursos obtidos na natureza.
A cultura dos povos indígenas no Brasil
A multietnicidade da população indígena brasileira é o que resulta em uma enorme diversidade cultural, não somente para os povos originários como também para o território brasileiro como um todo. Cada uma das etnias indígenas presente no Brasil apresenta o seu próprio conjunto de crenças e tradições estabelecidas há centenas de anos e que são propagadas de geração em geração.
Por essa razão, não podemos generalizar e falar em uma cultura uma para os povos indígenas brasileiros, que são multiculturais e carregam consigo símbolos e costumes muito particulares e distintos uns dos outros.
A língua dos povos indígenas no Brasil
De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), existem cerca de 160 famílias linguísticas que são faladas pela população originária do país. A maioria delas – como o tupi-guarani, o juruna, o mundunkuru, o jê, o karajá e o maxacali – pertence a dois troncos: o tupi e o macro-jê.
Um povo indígena pode perfeitamente falar mais de uma língua, o que facilita o contato entre as diferentes etnias e as trocas que acontecem entre elas, não apenas no âmbito cultural mas também, e principalmente, no interpessoal, do convívio social e da organização política do território onde vivem.
A Arte dos Povos Indígenas
A arte é indispensável na cultura dos povos indígenas. Algumas das formas de arte produzidas por eles são as danças típicas de cada uma das comunidades, pintura corporal, confecção de cestos de fibra, cerâmica adornada e adereços. No caso de artesanato e trabalhos manuais, a arte se torna uma fonte de renda para esses povos.
Alimentação Indígena
A alimentação costuma ser baseada no consume de frutas, legumes, verduras, raízes, caules, peixes e carnes de caça. Frutos como o caju e o açaí são comuns na alimentação dos povos de algumas localidades, bem como o guaraná como fonte de energia. A mandioca é a principal fonte de carboidratos e amplamente cultivada.
A Dança
A dança e a música tiveram e ainda têm um papel religioso dentro da cultura indígena. Geralmente a dança acontece em rituais e festividades religiosos entoados em agradecimento ou como forma de pedidos às divindades. Geralmente a dança indígena possui uma execução de passos que requer a formação de duplas ao menos em algum momento da sua evolução. Geralmente acontecem com as pessoas com o corpo pintado já que a pintura corporal é também um elemento da simbologia religiosa indígena.
Lembre-se: a diferença está no detalhe, empatia é fundamental e sempre é tempo de mudarmos nossa forma de pensar e agir.
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