2Uma mateada junto à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e palestras em escolas dos cinco polos ervateiros do Estado marcaram, nesta quarta-feira, o Dia do Chimarrão no. A data foi estabelecida por meio da lei 11.929, de 20 de julho de 2003, e define o chimarrão como bebida símbolo do Rio Grande do Sul, em reconhecimento à importância do chimarrão na cultura e no cotidiano dos habitantes do Estado.O chimarrão, ou mate, é uma bebida emblemática, preparada a partir da infusão de erva-mate (Ilex paraguariensis), em água quente, servida em uma cuia, geralmente feita de porongo, e consumida por meio de uma bomba de metal, que cumpre a função de canudo.A dona de casa Cleci Tomazzoni, que toma o seu chimarrão desde “guria”, conta que saborear um bom chimarrão é um ato saudável e que está na sua vida desde pequena. “E hoje eu continuo com este hábito, reunindo as pessoas para um bom mate e um bom bate-papo”, diz ela, tomando um chimarrão no último domingo, junto da filha Ingrid e do neto Henrique, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.Cultura, tradição, costume, hábito. Esta tradição milenar de tomar chimarrão foi descoberta pelos povos indígenas e está presente na cultura gaúcha até hoje, todos os dias, por onde o gaúcho for. “Onde o gaúcho estiver, no Brasil ou no exterior, estando com uma cuia na mão, o povo já sabe que é do Rio Grande do Sul, que é gaúcho”, lembra o presidente do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), Alberto Tomelero.O coordenador da Câmara Setorial da Erva-Mate, engenheiro agrônomo da Emater-RS/Ascar Ilvandro Barreto diz que o chimarrão é a identidade do gaúcho, que foi sendo construída ao longo dos séculos, não tem como dissociar o gaúcho do chimarrão e o chimarrão do gaúcho. “O chimarrão não é simplesmente uma bebida, mas um símbolo, que permite a sociabilidade, a troca entre as pessoas, a relação entre gerações e também a intimidade, o momento de reflexão, quando se toma sozinho”, afirma.Depois da água, é o produto mais consumido e mais lembrado no Sul do Brasil. E o mais consumido no Rio Grande do Sul, per capita. São, em média, 10 quilos por habitante/ano, conforme o presidente do Ibramate.O RS é o segundo maior produtor de erva-mate (Ilex paraguariensis), com 222.344 toneladas/ano, o que representava 39% da produção nacional, conforme números do Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul. O Paraná, com uma área de 33,8 mil hectares, foi responsável por 46% da produção de folha verde de erva-mate, com uma média de 261.016 toneladas/ano no período de 2020-2022.A produção gaúcha está localizada, principalmente, no Vale do Taquari. Os municípios com maior produção, em média, no triênio 2020-2022, foram Arvorezinha, com 36.440 toneladas/ano, e Ilópolis, com 29.966 toneladas/ano. Outros municípios do norte do Estado também se destacaram na produção. A área cultivada atualmente é de 28,1 mil hectares, mas a cultura já ocupou 35 mil hectares em 2012.Patrimônio dos gaúchos – A erva-mate foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul, em 2023, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), envolvendo as formas de cultivo e comercialização. Ela também é a árvore símbolo do Rio Grande do Sul, reconhecida pela lei 7.439, de 8/12/1980. E o ramo da erva-mate está presente na bandeira do Rio Grande do Sul, que data da Revolução Farroupilha, mas adotada oficialmente na Constituição de 1891.

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