De acordo com as estimativas do banco, uma queda de 0,5 ponto porcentual no crescimento chinês deve reduzir em 0,2 ponto o PIB do Brasil, o que explica toda a revisão para a expansão da economia doméstica.
“Em um mundo com as cadeias de produção cada vez mais interligadas, o risco de desabastecimento de insumos em alguns setores pode prejudicar a já combalida produção industrial, embora parte desse efeito possa ser revertido ao longo do ano”, diz, em relatório, destacando também que a China é o maior destino das exportações brasileiras.
A revisão do PIB também gerou redução da projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020 e 2021, já que o fechamento do hiato do produto deve demorar mais. Para este ano, a estimativa para o IPCA caiu de 3,60% para 3,50%, bastante aquém do centro da meta de 4,0%. Quanto a 2021, a alteração foi de 3,80% para 3,70%. O centro da meta para o ano que vem é de 3,75%.
Em relação à política monetária, contudo, a aposta fica inalterada, com a manutenção da taxa Selic em 4,25% até o segundo semestre de 2021. O banco reconhece que o efeito do surto tende a ser desinflacionário, apesar da depreciação cambial, mas nota que o Banco Central tem enfatizado o peso crescente da inflação de 2021. Então, afirma que o BC só deve retomar o ciclo de queda dos juros se as projeções para o ano que vem começarem a se afastar do centro da meta.
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