A 6ª Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã ocorreu na última quinta-feira, com a expectativa de crescimento para o setor. O município de Anta Gorda, no Vale do Alto Taquari, na região central do Rio Grande do Sul, foi sede do evento que contou também com o 6º Seminário Técnico da Cultura da Noz-Pecã, realizado no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri, durante a Festleite. Já o Pomar de Nozes Pitol, localizado na Linha Doutor Barbosa, foi palco da abertura da colheita, onde com um equipamento específico uma nogueira foi sacudida para a queda das frutas.O diretor geral adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, destacou a potencialidade que é a noz-pecã (Carya illinoinensis) e que é uma atividade que vem crescendo muito nos últimos anos no Rio Grande do Sul. “A ação produtiva começa entre quatro a seis anos após o plantio, mas é uma árvore que dá fruto por mais de 100 anos. Com isso, torna-se possível a sucessão familiar para continuidade dos trabalhos implementados”, disse. “São investimentos que vêm se consolidando no Estado e que trazem lucratividade para a propriedade rural”, afirmou.O presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, salientou que a cidade de Anta Gorda é o berço da pecan do Rio Grande do Sul e do Brasil. “Conversando com Luizinho Pitol, ele lembrou quando há 40/50 anos descascava e saía para vender o produto em Porto Alegre e região. A história nos mostra que já tivemos momentos de grandes sacrifícios e também de grande progresso”, destacou.O Estado é o maior produtor nacional de noz-pecã e responde por cerca de 70% da produção do País. Em 2024, a produção foi de 7 mil toneladas do fruto, que é uma árvore nativa do Norte do México.A cultura está distribuída em várias regiões do Estado e conforme levantamento da Emater-RS/Ascar feito em 2023, existem 1.502 produtores de pecã, totalizando 7 mil hectares cultivados. Neste ano, o excesso de chuvas, principalmente durante o período de polinização, prejudicou a cultura e a safra estadual deverá ser menor, entre 4 mil e 5 mil toneladas.O presidente do IBPecan finalizou dizendo que o setor está em um ano de safra pequena e por isso é necessário ter muito cuidado e valorizar ao máximo os preços de venda. “Então precisamos mais do que nunca estarmos unidos, termos informações, conhecer os nossos custos e criar boas perspectivas para o setor”, completou.

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