CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

Sem alívio para o Mercado por conta do COVID-19, ainda que os sinais emitidos pela China sejam em média mais positivos sobre o vírus. Transações imobiliárias em Hong Kong estão retomando o ritmo, enquanto na China continental, fábricas reabrem de maneira relativamente acelerada e o setor aéreo começa a sentir a melhora.

Nos portos, a reabertura começou pelos navios de perecíveis e as ‘filas’ começam a serem desfeitas, o que ainda deve demandar tempo. Analistas de Ásia dizem que a queda no preço das commodities pode se tornar um elemento importante na tentativa de retomada, principalmente com a injeção maciça de recursos em infraestrutura.

Por outro lado, o mundo vem pesando o nada surpreendente avanço do vírus fora da China, em especial na combalida Europa e sua população de elevada idade, suscetível aos seus efeitos e nos EUA, onde a oposição ao presidente Trump já faz uso político da pandemia.

Aos países como o Brasil, que começa a ver sinais mais positivos de um passado recentes e contava com um protagonismo entre os emergentes na recuperação em 2020; resta a continuidade de uma agenda de reformas robustas para dar sustentação às dificuldades de um crescimento econômico pode tende a ser menor.

Em face a tais desafios, inclusive os da disrupção da cadeia de suprimentos com a China, a tão necessária estabilidade política parece não ser a norma; ainda que o protagonismo do congresso em tocar as reformas aparentemente não perdeu força, mesmo com os eventos recentes relacionados ao congresso e ao judiciário.

Os juros baixos, assim como a inflação dão importante suporte a um cenário desde já desafiador, principalmente com a enorme desvalorização do Real frente ao dólar; que passa hoje por um teste importante no dia de formação da PTAX, com injeção de US$ 4 bi entre linha e swaps e mais US$ 650 mi em rolagem de vencimentos de contratos.

O Banco Central julga intervir no mercado sempre que haja um problema de liquidez ou de distorção da divisa, como ataques especulativos; portanto o momento parece correto, em especial pelos possíveis efeitos inflacionários da combinação dólar e oferta.

Hoje a atenção se volta ao desemprego, dados do setor público consolidado, após o superávit recorde de ontem e os desagregados do PIB americano para o mês de janeiro como PCE e consumo pessoal.

ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com avanços do COVID-19 além das fronteiras chinesas. Na Ásia, dia negativo, com o vírus avançando na Europa.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos. Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao minério de ferro e ao cobre.

O petróleo abre em queda, com temores dos impactos econômicos do Coronavírus.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 16,32%.

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