As dez ações selecionadas pelo BTG Pactual na composição de sua carteira ESG para o mês de abril são B3 (B3SA3), Eletrobras (ELET3), Embraer (EMBR3), Itaú (ITUB4), Localiza (RENT3), Lojas Renner (LREN3), Marcopolo (POMO4), Mercado Livre (MELI34), Raízen (RAIZ4) e Santos Brasil (STBP3).
A B3 se destaca como a ação a novata no portfólio, em substituição a Iguatemi (IGTI11).
A avaliação da B3 começa a parecer atrativa após a recente venda (P/E 24E de 14,2x), e analistas veem a empresa como uma aposta beta para o Brasil.
No setor financeiro, também mantêm o Itaú, uma vez que o banco entregou a transformação digital mais eficaz entre os bancos incumbentes, o que creem que permite ampliar sua lacuna de ROE sustentável em relação aos pares.
No espaço do consumidor, aguardam que os resultados da Lojas Renner melhorem gradualmente ao longo do ano à medida que as taxas de juros caem e as condições de crédito melhoram.
Também mantêm Mercado Livre, que veem como um vencedor entre os players do comércio eletrônico brasileiro, com espaço para consolidação.
No setor de transportes, analistas se dizem otimistas com Santos Brasil, com base no ambiente de preços favorável em Santos, perspectiva de volume melhorada, desrisco regulatório significativo e avaliação atrativa.
Quanto à Embraer, veem várias opções de criação de valor em suas divisões de Defesa, Comercial e Aviação Executiva.
A Localiza, por sua vez, negocia a 15x PE 24, em comparação com sua média histórica de 22x, e analistas veem espaço para uma reclassificação, especialmente após a recente venda (-13,0% YTD).
Por último, mas não menos importante, a Marcopolo se beneficia da demanda resiliente por ônibus, um ambiente de preços favorável e alavancagem operacional.
Em utilidades, analistas mantêm Eletrobras. A empresa negocia suas ações a uma atrativa TIR real de 14,7%, e, com isso, oferece gatilhos positivos vinculados à sua reviravolta, que já frutifica.
E, por fim, a Raízen oferece uma atraente combinação de (i) melhoria na produtividade da cana e perspectiva crescente para os preços do açúcar e etanol, (ii) sustentação das margens de distribuição de combustível mais altas, (iii) potencial de desalavancagem à medida que o pico do ciclo de capex se aproxima; e (iv) uma aposta na execução E2G, à medida que os projetos começam a se concretizar.