O Brasil é campeão mundial de reciclagem, mas isto em se tratando de latinhas de alumínio, como atesta a Associação Brasileira Fabricantes de Latas de Alumínio (Abraslatas). O índice chega a 97,4%. Isto é algo extremamente valioso, do ponto de vista ambiental e econômico, convenhamos. Quando examinamos outros materiais, no entanto, o percentual é menor e, portanto, há muito que se avançar ainda em termos de economia circular.    

O último Censo de Reciclagem do PET, em 2019, de acordo com o site CicloVivo, mostra que o país reciclou 55% das embalagens PET. O índice significa 311 mil toneladas deste material, representando crescimento de 12% sobre o ano anterior (2018) e faturamento acima dos R$ 3,5 bilhões. Se olharmos para o papel/papelão (cujo destino é de 80% para embalagens, 18% para papéis sanitários e 2% para impressão), são reciclados aproximadamente 37% da produção (especialmente os de embalagens e, depois, os de impressão). O vidro, por sua vez, tem menos de 50% de reaproveitamento e somente em 2018 estima-se que foram parar nos aterros 470 mil toneladas de um material 100% reciclável. Desperdiçamos boas oportunidades de melhorar o ambiente, como se vê.

Com a afirmação da economia circular, um dos processos que vem avançando junto às companhias é o sistema de reaproveitamento de resíduos estruturados. “É possível gerenciar seus próprios resíduos e utilizar esta atividade como meio de melhorar o clima organizacional, principalmente quando o tema são embalagens de papelão que podem impactar diretamente na geração de receita e benefícios a seus funcionários”, concorda Renato Pádua, executivo comercial da CWBem e um dos incentivadores da prática.

A gestão de resíduos é parte da cadeia de logística reversa e é necessário fazê-la com rigor, já que é preciso mapear todas as etapas do processo, como separação, transporte, limpeza, reaproveitamento e destinação. Para quem busca inovação, e geração de valor no negócio, está aí uma bela sugestão: logística reversa com tratamento profissional.  

IBOVESPA

A B3 divulgou a segunda prévia do Índice Bovespa B3, que compreende o período de 03 de janeiro a 29 de abril de 2022, com base no fechamento do pregão do dia 15 de dezembro deste ano. A prévia registra a entrada de Positivo Tec ON (POSI3) e CSN Mineração ON (CMIN3), totalizando 92 ativos de 88 empresas.

Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (14,787%), Petrobras PN (6,476%), Itaú Unibanco PN (5,023%), Bradesco PN (4,573%) e Petrobras ON (4,172%).

PIB

O ano de 2022 será de virtual estagnação da economia brasileira, avalia a Santander Asset Management (SAM), prevendo expansão de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Para 2021, a gestora aposta em + 4,6%.

Por outro lado, em documento intitulado “Economia Brasileira: 2021-2022”, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima o crescimento do PIB em 1,2% para 2022, índice mais otimista que muitas das instituições financeiras que já se pronunciaram. 

Façam suas apostas.

7.000%

A Marfrig recomprou US$ 100 milhões das notas sêniores em circulação, com vencimento em 2026, e remuneração de ousados 7.000% a.a. Em comunicado ao mercado, assinado por Tang David, VP de Finanças e RI, destaca: “A Administração da Companhia reforça seu compromisso inegociável com a disciplina financeira e a recompra, com posterior cancelamento destes bonds, faz parte da estratégia de melhor alocação de capital, de redução do endividamento bruto e do custo financeiro da Marfrig”.


IBRI

O Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) elegeu o novo Conselho de Administração e Conselho Fiscal para o biênio 2022/23. Estão assim constituídos os novos órgãos: Conselho de Administração — Anastácio Ubaldino Fernandes Filho, Diego Carneiro Barreto, Eduardo Pavanelli Galvão, Geraldo Soares Leite Filho, Guilherme Nahuz, Guilherme Setubal Souza e Silva, Phillipe Casale, Rafael Olegário da Costa, Renata Oliva Battiferro, Rodrigo dos Reis Maia, Rodrigo Lopes da Luz e  Sandra Silva Calcado.

Para o Conselho Fiscal foram eleitos Almir da Silva Mota, Fernando Augusto Lopes Silva, Luis A. O. Navarro.

PRÊMIO

O Prêmio APIMEC IBRI apontou sete destaques do mercado, e não cinco como publicamos na edição anterior. Para atualizarmos a premiação, em sua segunda edição, neste ano, republicamos a relação (agora completa).

Os vencedores de cada uma das sete categorias foram: (a) Melhor Analista de Valores Mobiliários – Domingos Toledo Piza Falavina; (b) Melhor Casa de Análise de Valores Mobiliários – Banco BTG Pactual; (c) Melhor Casa de Análise Independente de Valores Mobiliários – Eleven; (d) Melhor Profissional de RI – Small/Middle Cap – Natasha Utescher; (e) Melhor Profissional de RI – Large Cap – Geraldo Soares; (f) Melhor Prática e Iniciativa de RI – Small/ Middle Cap – Movida; e (g) Melhor Prática e Iniciativa de RI – Large Cap – Banco Itaú Unibanco.

GLOBAL CHILD

A Suzano aparece pela primeira vez como destaque no relatório “O Estado dos Direitos da Criança e dos Negócios 2021”, promovido pelo Global Child Forum. Este fórum dedica-se aos direitos das crianças e empresas volltadas ao pensamento inovador, ao compartilhamento de conhecimento e ao networking.

Nesta iniciativa que visa avaliar como os negócios das empresas impactam os direitos das crianças, a Suzano obteve pontuação de 7,3, em uma escala máxima de 10, no qual a média geral das empresas do setor de papel e celulose foi de 5,3. O estudo principal, feito em colaboração com o Boston Consulting Group (BCG), pesquisou 832 das maiores empresas do mundo por receita, em nove setores diferentes da economia.

PETRO

Você sabia que já reduzimos em 30% as emissões absolutas de carbono entre 2014 e 2020? E que lideramos um dos maiores programas de reinjeção de CO2 do mundo, evitando que o gás chegue à atmosfera e aumentando a eficiência da nossa produção?

O texto é parte de artigo da Gerente Executiva de Mudança Climática, da Petrobras, Viviana Canhao Coelho, mostrando que a companhia empenha-se em reduzir suas emissões.

RECESSO

Esta é a última coluna do ano. Faremos uma pausa, retornando no início de janeiro de 22. 
A todos que nos prestigiaram com a leitura e envio de materiais neste ano, agradecemos a parceria e renovamos
o convite pra continuar conosco no Portal Acionista. Tenham todos um Bom  Natal e um Ano Novo verdadeiramente realizador. 
  

ARTIGO

Expertise em RI ajuda na Gestão Pública

(*) André Vasconcellos

O Rio de Janeiro é o resultado mais extraordinário das belezas da serra e do mar. É a beleza pura que encanta os olhos dos que chegam, atrai os que aqui vivem e deixa lágrimas de saudades nos que vão. É a cidade dos grandes eventos mundiais, é o cenário eternizado nas canções da bossa nova de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, é a capital turística do Brasil.

Sair da Eletrobras, maior companhia do setor elétrico da América Latina, listada no Brasil e nos Estados Unidos, no ano mais promissor da sua história, para assumir um desafio inédito na administração pública pode aparentar insanidade, mas vejo como propósito. Aliás, essa palavra advém do latim “propositum” e significa “lançar-se à frente“, pois surge do prefixo grego pró, “diante, à frente“.

Um desafio inédito para qualquer profissional de Relações com Investidores que se dedica incessantemente a impulsionar os resultados de companhias abertas e fechadas mundo a fora. Mas o propósito, sem dúvida, foi o “fiel da balança”, pois, como tenho dito, em nossas vidas, ou estamos do lado do problema ou da solução. E levo comigo o know-how e o network do mercado de capitais a fim de: contribuir para a geração de emprego e para desenvolvimento econômico sustentável, oferecer serviços ágeis à população, minimizar a burocracia na gestão pública, aumentar a transparência sobre impacto regulatório, potencializar a atração de investimentos, assim como contribuir para o aprimoramento dos instrumentos de governança e para o avanço da agenda de parcerias público-privadas.

Na prefeitura do Rio, testemunho diariamente profissionais que vivem intensamente a cultura carioca e tem uma forte afinidade com a cidade. São servidores que transbordam alegria e espírito festivo, que sempre com seu jeito descontraído de ver e viver a vida buscam soluções racionais e inovadoras para solucionar, com senso de urgência, os problemas do maior cartão postal do nosso país.

A atual gestão, mesmo assumindo a prefeitura em plena pandemia da Covid-19, já coleciona resultados expressivos para a população carioca. Sem dúvida, alcançar 95% dos adultos completamente imunizados e mais de 1,22 milhão de doses de reforço aplicadas, prepara a cidade para um novo ciclo virtuoso em 2022.

Há dois meses, o Rio foi reconhecido com o Prêmio “Latam Smart City Awards 2021”, como uma das três melhores cidades latino-americanas a desenvolver projetos na categoria “Transformação Digital e Reconstrução Econômica”, reconhecendo a qualidade dos serviços prestados ao cidadão pela Prefeitura. E, em agosto, a cidade foi reconhecida em duas categorias do Ranking “Connected Smart Cities” realizado em São Paulo. O Rio levou o 1º lugar de “Tecnologia e Inovação” e saltou do 12º para o 7º lugar no Ranking “Connected Smart Cities Geral”.

Nesta última semana, foi aprovada a “Lei de Liberdade Econômica” na Câmara Municipal do Rio, que acaba com a necessidade de alvará para atividades de baixo risco, facilitando a vida de quem quer empreender e gerar renda na nossa cidade, principalmente para os pequenos empreendedores cariocas. A expectativa é de que essa modernização legislativa seja responsável por 115 mil novos empregos em até 10 anos.

Na área da saúde, além de ser a 4ª cidade brasileira com maior cobertura vacinal de adultos, segundos dados do Ministério da Saúde, o Rio também coleciona novas conquistas, como o convênio que permitirá a construção da primeira unidade da universidade de Oxford nas Américas, que contribuirá para avanços científicos nas áreas de Cardiologia, Inteligência Artificial, Atenção Primária, Covid-19, entre outras. A previsão é que seja instalada até o ano que vem.

No que tange às finanças públicas, o perfil da dívida, especialmente o cronograma de vencimento e a estrutura do endividamento, e a consequente saúde financeira do município tendem a contribuir para maximizar a classificação de risco obtida pelo Rio de Janeiro. Além disso, as classificações de crédito também desempenham um papel definitivo na decisão de um potencial investidor quanto a comprar ou não títulos, celebrar contratos de fornecimento de produtos ou serviços, ou até mesmo contratos de concessão do município do Rio de Janeiro, como as Parcerias Público-Privadas. Conforme Plano Estratégico, a meta do município é alcançar o patamar de grau de investimento nas principais agências globais de rating até 2024.

De fato, propósito em prol de um interesse público relevante e pioneirismo de ser o primeiro RI de companhia brasileira a aceitar tamanho desafio, não só é histórico na área de Relações com Investidores, mas também é uma oportunidade única para assessorar e potencializar o planejamento, o desenvolvimento e a coordenação de atividades econômicas, principalmente  relacionadas a projetos de concessão de serviço público e de parcerias público-privadas (PPPs) o que tem me permitido conhecer a cidade e o carioca como ninguém e a cada dia me dá mais orgulho da missão aceita.

(*)André Vasconcellos é profissional de RI e Membro da Comissão Especial de Projetos Estratégicos da Prefeitura do Rio de Janeiro; Diretor-Adjunto RJ do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores); e Coordenador da Pós-Graduação em “Direito e Mercado de Capitais” da Faculdade Verbo Jurídico.

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