“Isso deve pesar no bolso do consumidor, então o índice ipca irá subir”

O governo brasileiro declarou alerta de emergência devido à crise nas principais hidrelétricas do país. No mês de maio, os reservatórios das regiões sudeste e centro-oeste chegaram à média de 32,10%, considerado o menor nível de armazenament o desde 2001, quando o Brasil enfrentou uma medida de racionamento de energia. Além disso, a escassez de chuvas já vem provocando um aumento nas contas de eletricidade. Para especialistas do mercado financeiro, essa situação poderá causar um atraso considerável na recuperação econômica e pressionar a inflação para cima.

Segundo Pedro Paulo Silveira, gestor da Nova Futura Investimentos, antes de falar sobre a inflação, é importante alertar que já foi dada a largada para o aumento da energia elétrica no mês de junho. “No sistema integrado de energia do Brasil, 63% v em das hidrelétricas. Além disso, os reservatórios do sudeste e centro-oeste abastecem cerca de 44% do país. Contudo, os mesmos estão só com 32% da sua capacidade. Para começar o período de chuva, só em outubro ou novembro. Portanto, em todo esse período, estará seco. Se é verdade que a economia do país está se recuperando, depende da geração de energia. Então, o consumo vai subir fortemente, fazendo com que o sistema tenha uma forte pressão”, explica.

Silveira completa que para se contrapor a essa pressão, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já autorizou a utilização da bandeira vermelha que, automaticamente, vai chegar na conta de luz do consumidor em forma de aumento. “Isso deve pesar no bolso do consumidor, então o índice IPCA irá subir novamente. No mínimo, podemos ter um cenário extremamente ruim para a inflação. Os preços vão subir e tem muita coisa que depende de água e energia, como o próprio agronegócio. A expectativa para o IPCA de maio é um aumento de 0,71%, acumulando quase 8% em 12 meses. Contudo, esse cenário pode piorar ainda mais nos próximos meses devido à crise hídrica”, completa.

Sobre a Nova Futura Investimentos

Sócia-fundadora da BM&BOVESPA, a Nova Futura Investimentos, foi fundada em 1983, atuando nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com presença nacional, a instituição financeira conta com 21 escritórios espalhados por diversas cidades do país. Ao longo de mais de três décadas de existência, se consolidou como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil.

Com tradição no mercado institucional, vem se tornando referência no varejo, oferecendo a mesma qualidade já ofertada ao mundo empresarial agora também para pessoas físicas. Em 2017, confirmando a tradição de excelência, a corretora recebeu o selo Nonresident Investor Broker, que reconhece a estrutura organizacional e tecnológica especializada na prospecção de clientes, prestação de serviços de atendimento consultivo assim como execução de ordens e distribuição de produtos da BM&FBovespa para investidores não residentes.

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