Aproveitemos que março é o Mês das Mulheres para falar de um fundo muito, mas muito legal, para pessoas que adotam os critérios de ESG (environmental, social and governance) com foco na diversidade de gênero na hora de escolher seus investimentos.  É o ETF Mulheres na Liderança (ELAS11), que está na bolsa há um ano.

Bem, ETF ou Exchange Traded Funds são fundos de índices negociados nas bolsas de valores que buscam refletir as variações e rentabilidade de determinado índice. Logo, trata-se de uma modalidade de investimento de renda variável e tem como objetivo principal reproduzir o desempenho de um indicador do mercado. Até aqui tudo certo, há tempos falamos sobre ETF no Acionista.

O ELAS11, do Safra, é um fundo de índice que replica o Índice Teva Mulheres na Liderança, que busca refletir uma carteira composta pelas empresas com maior representatividade feminina. A metodologia do Índice mede o grau de presença de mulheres em todos os órgãos de governança das empresas brasileiras de capital aberto, cobrindo, aproximadamente, 8.000 posições.

Como funciona o Safra ETF Mulheres na Liderança?

O índice ordena as empresas brasileiras de capital aberto de acordo com o score de participação feminina. A carteira é composta pelas 50% empresas ranqueadas com maior pontuação. A reordenação das empresas ocorre a cada 3 meses. Dessa forma, o portfólio terá sempre as empresas com maior representação feminina, com maior igualdade de gênero.

Público-alvo – O ELAS11 é destinado a receber investimentos de pessoas físicas, pessoas jurídicas em geral, inclusive fundos de investimento devidamente autorizados a adquirir cotas pela respectiva legislação aplicável de sua jurisdição, investidores que aceitam todos os riscos inerentes ao investimento, em busca de rentabilidade compatível com o objetivo do fundo.

Por que investir no ELAS11?

Pela diversidade – Em apenas um investimento, você tem acesso a uma carteira que possui as empresas com maior igualdade de gênero nos conselhos e em cargos de governança.

Pelo custo baixo – A taxa de administração tende a ser mais baixa se comparada a fundos de investimento tradicionais, e os valores de aplicações iniciais são acessíveis a investidores em geral.

Pela liquidez –  Por ser negociado na bolsa de valores, é possível comprar e vender cotas de ETF como uma ação, com liquidação em D+2.

Características – Um dos pontos positivos do ETF ELAS11 é a possibilidade de diversificação, de maneira simples. Com um único aporte, o investimento neste fundo de índice permite se expor a diferentes empresas de setores distintos. Assim, é possível reduzir o risco do portfólio e aumentar o potencial de ganhos.

TOP 20  dos 72 ativos que estão na carteira: BBDC4; B3SA3; WEGE3; ABEV3; PETR4; BBAS3; PETR3; ITSA4; RENT3; SUZB3; EQTL3; RADL3; RAIL3; CSAN3; BBDC3; LREN3; HYPE3; VBBR3; VIVT3

ESG:  TOP 4 do ELAS11 

Bradesco (BBDC4) – Segundo a instituição, a gestão dos fatores ambientais, sociais e de governança (ASG ou ESG) tem sido avaliada majoritariamente acima da média pelos principais índices de sustentabilidade de bolsas de valores e agências especializadas em ratings ASG, nacionais e internacionais. 

Os destaques 

  • Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) – pelo 17° ano consecutivo, o Bradesco foi selecionado para compor as carteiras mundo e mercados emergentes do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), figurando entre os bancos com a melhor performance ESG.
  • ISE B3 – pela 18ª vez consecutiva foi selecionado na carteira do índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, ficando ficando entre as 10 empresas mais sustentáveis do País.
  • CDP – integra a carteira de 2023 do Índice CDP, com nota B, que representa nível de Gestão, classificação superior à média regional da América do Sul e à média do setor de serviços financeiros.
  • Vigeo Eiris – pelo 4º ano consecutivo entre as 100 empresas com melhor performance ASG, que compõem o Best Emerging Market Performers Ranking.
  • MSCI ESG Ratings – classificação A no MSCI ESG Ratings, com destaque para as práticas de segurança de dados entre os bancos líderes, conforme avaliação da agência.
  • The Sustainability Yearbook 2022, da S&P – classificados pelo 4º ano consecutivo na categoria de destaque Prata na publicação, que reconhece anualmente empresas com as melhores práticas em sustentabilidade em todo o mundo.
  • Merco – 7º lugar no Ranking Merco de empresas com a melhor reputação corporativa no Brasil, e em 1º no ranking setorial, que avalia empresas que prestam serviços financeiros.

B3 (B3SA3) –  Para a companhia, sustentabilidade é uma prática essencial de mercado, que gera valor no longo prazo para nossos stakeholders. Além disso, como uma organização que está no centro do mercado financeiro e de capitais, tem o papel de induzir as melhores práticas ESG entre os stakeholders, oferecer produtos e serviços que apoiem os clientes na transição para uma economia resiliente e de baixo carbono e conduzir as atividades por meio de uma gestão interna responsável.

Estratégia

  • Ser uma companhia alinhada às melhores práticas de sustentabilidade
  • Induzir boas práticas ESG no mercado brasileiro
  • Fortalecer o portfólio de produtos e abrir novas frentes de mercado ESG

“Acreditando no valor das parcerias, atuamos como associada, integrante, membro e/ou signatária de diversas instituições e compromissos com foco em discussões ESG. Com isso, buscamos acompanhar as tendências e possíveis regulações que possam impactar as operações e os stakeholders, e subsídios para criação de novos produtos e serviços.

Fomos a primeira bolsa do mundo a se tornar signatária do Pacto Global da ONU, em 2005, e a primeira bolsa de um país emergente a se comprometer com os Princípios para o Investimento Responsável (PRI), em 2010”, afirma a B3. 

Weg (WEGE3)-  Em relação ao mundo ESG, as ações da WEG representam um percentual significativo do ISE. “A empresa, como forma de reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade, tornou-se signatária dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. É uma iniciativa voluntária criada pela ONU que propõe uma ação mundial coordenada entre a sociedade como um todo, setor privado, governos, sociedade civil, entre outros, a fim de alcançar os ODS, como são chamados”.

Ambiental

  • Detentora das Certificações ISO 14001 e 50001, a WEG possui Programas de Melhoria Ambiental alinhados às metas do ODS 12, que visam alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais, bem como reduzir a geração de resíduos até 2030 por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso. Dentre as principais iniciativas, destacam-se o uso de embalagens sustentáveis, produzidas pela RF Reflorestadora, em áreas próprias de reflorestamento; além dos  R$ 10,4 mi investidos em meio ambiente no Brasil, em 2019, sendo 45% para remuneração e capacitação da Gestão Ambiental, P&D e Certificações, 33% para Controle e tratamento de resíduos e emissões, e seguros ambientais, e 22% para Equipamentos de controle ambiental. 

Social

  • Mais do que mitigar os impactos negativos da presença dos seus 46 parques fabris em 12 países de grande diversidade econômica e cultural, a WEGE3 tem contribuído de forma positiva para a sociedade. Desde a concepção do Centro de Treinamento para Menores (Centroweg) em 1968, projetos sociais de educação, cultura, saúde e inclusão social fazem parte do escopo WEG, regidos por uma Política de Investimento Social, de âmbito global, alinhada ao ODS. Em 2019, a companhia investiu R$ 13 mi em 126 projetos sociais pelo mundo.

Governança

  • Além de possuir ADRs – Nível 1 (American Depositary Receipts), negociados nos EUA, a WEG é listada no segmento Novo Mercado da B3, e possui sólida estrutura de Governança Corporativa composta por um Conselho de Administração (7 membros, sendo 3 independentes), Diretoria Executiva (10 membros) e um Conselho Fiscal permanente (3 membros efetivos e 3 suplentes). A Gestão de Riscos da companhia, sob a égide do Conselho de Administração, é global e contempla as dimensões: Estratégica, Financeira, Pessoas, Processos e Compliance e Governança. Sua Política de Prevenção e Combate à Corrupção atende a padrões nacionais e estrangeiros. 

Ambev (ABEV3) –  Gestão da Água: 100% das comunidades em área de alto risco têm qualidade e disponibilidade melhorada de forma mensurável. Este projeto é uma iniciativa ambiciosa e mensurável para garantir segurança hídrica para operações e comunidades. Desde 2011 há um processo de gestão de bacias em 100% nas comunidades em áreas de alto estresse.

Ação Climática: empresa está comprometida em direcionar descarbonização e construir resiliência climática pelos Objetivos de Ação Climática.

Estratégia

2025 –   100% de eletricidade de fontes renováveis e 25%redução das emissões de carbono ao longo da cadeia de valor

2030 –  Neutralização de 100%das emissões de escopo 1 e 2, nos tornando Carbono Neutros nas operações diretas

2040 – Ambev Net Zero em todas as operações e cadeia de valor

Carbono:  • Contabilizar e reportar emissões de gases de efeito estufa; • Definir metas públicas e plano de redução de emissões; • Promover ações concretas para reduzir emissões

Embalagem Circular: 100% dos  produtos serão em embalagens retornáveis ou feito de

conteúdo majoritariamente reciclado. Assim, a ideia é eliminar a poluição plástica de nossas embalagens até 2025. Para isso, são três estratégias principais – eliminação e substituição; embalagem retornável e reciclável; e inovação e parcerias.

“Acreditamos na expansão do impacto social, usando nosso conhecimento, habilidades,

liderança e inovação para ajudar a encontrar soluções escaláveis para a comunidade”, diz o relatório ESG da empresa.

(Fontes: Portal Acionista; Banco Safra; Renova Invest; Ambev, B3; Bradesco) 

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte