Ao longo de dez anos, a violência contra a mulher produziu um impacto negativo de R$ 214,42 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em um cenário mais extremo, esse valor pode chegar a mais de R$ 300 bilhões e causar a perda de 2,8 milhões de empregos. As estimativas fazem parte de um estudo feito pela gerência de economia e finanças empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.

De acordo com o levantamento, esse tipo de abuso provoca o fechamento de 1,96 milhão de postos de trabalho no Brasil, com perda de R$ 91,44 bilhões de salários e de arrecadação de R$ 16,44 bilhões em tributos em uma década.

“Quase 13% das mulheres que trabalham enfrentam algum tipo de violência doméstica. Isso se traduz em falta ao trabalho, queda de produtividade, até saída do mercado de trabalho, dependendo do nível de violência. E devemos considerar que esses dados são subnotificados porque muitas mulheres não registram boletim de ocorrência”, conta Daniela Britto, responsável pela pesquisa e economista-chefe da Fiemg, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

A executiva aponta, também, que o impacto na economia pode começar de forma sutil como a ausência no trabalho e a queda na produtividade, e resultar na perda do emprego. Com relação às consequências a longo prazo, é possível listar a redução do rendimento das empresas devido à queda do consumo provocada pela diminuição da massa salarial – além da demanda retraída que automaticamente gera a redução na produção e o fechamento de postos de trabalho.

A análise revela que 12,5% das trabalhadoras relataram algum tipo de violência nos últimos 12 meses, o que equivale a 3,3 milhões de brasileiras. Desse total, 25% faltaram pelo menos uma vez ao trabalho no último ano.

Na média, as vítimas deixaram de trabalhar 18 dias por ano, o que implica uma perda salarial de R$ 974,8 milhões, calcula a Fiemg.

As simulações feitas pela instituição não levaram em conta outros impactos como a perda da capacidade de aprendizado, efeitos psicológicos prolongados e redução do estímulo à qualificação.

Como as empresas podem combater a violência contra a mulher e apoiar vítimas

Nem sempre é fácil para a liderança e organizações tratarem o tema da violência contra a mulher. Por isso, o Movimento Mulher 360 reuniu as principais dicas e orientações para trabalhar a questão internamente no e-book Dicas e orientações para empresas acelerarem a jornada contra violência e assédio contra a mulher.

Para conferir, na prática, como as associadas lidam com essa agenda, ouça o 1º e o 13º episódios do MM360Cast. Dentre as convidadas, estão representantes da Avon, Mattos Filhos, Johnson & Johnson e Uber.

Com informações do Valor Econômico.

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