Quando fui convidada a escrever sobre desenvolvimento, resolvi falar sobre as inúmeras mulheres que desenvolvem sua vida sozinhas (casadas ou solteiras). Aquelas que resolvem tudo, tanto no trabalho como em casa. Aquelas que sequer têm tempo para pensar no seu autodesenvolvimento.

Tem um exemplo dentro da minha casa e tenho certeza de que na sua casa também tem. A minha mãe, a “mãe de todos” como costumamos chamá-la. Dona Reni se casou cedo, mudou de cidade e veio para o interior com o marido “fazer a vida”. Teve dois filhos. Trabalhou como professora meio turno, quando as crianças iam para a escola. Até que um dia resolveu ser diretora da escola. E lá foi ela! Criou uma equipe, criou estratégias, participou das eleições e ganhou! Nunca tinha visto a minha mãe querer algo profissionalmente e lá foi ela e fez! E teve muito sucesso nos anos seguintes.

Hoje, me dou conta do quanto que ela teve que se desenvolver, correr, ir atrás, não só para conseguir a promoção, mas também para se manter no cargo, isso há mais de 20 anos, quando não se falava em protagonismo feminino, onde o acesso à informação era muito escasso. Atualmente, temos grupos de apoio, informações, inúmeros exemplos de vida e de carreira, mas naquela época não. As mulheres simplesmente faziam, arriscavam e tinham que ser resilientes e eu me questiono, de onde vem isso?

De onde vem essa força? Força que faz ir para frente, não desistir, resistir, aguentar… É algo dela e talvez ela nem saiba ou nem valorize, mas o que me impressiona, principalmente nas mulheres, é isso: a força interna que elas têm, de fazer a vida, enfrentar desafios, sair da zona de conforto. Resiliência? Pode ser! Mas me parece que é algo a mais, que muitas vezes não conseguimos colocar em palavras, mas é uma capacidade interna de sempre ir se desenvolvendo, pensando e repensando, acertando e aprendendo com seus erros também.

Minha mãe está aposentada há mais de 20 anos. Tem um grupo de amigas que a acompanha há quase 40 anos. E ela continua superativa e lidera a Liga Feminina de Combate ao Câncer da nossa cidade. Quando a convidaram para presidir este grupo, ela disse não num primeiro momento. Mas aceitou, e realmente se envolve, se doa de coração para a causa e para sua diretoria.

Vejo que o mundo está cheio de “donas Renis”, onde as mulheres fazem realmente o dia a dia, assumem a sua profissão e continuam dando conta de manter a casa arrumada, a família organizada e ainda fazendo bolos para os filhos e os amigos deles. Isto, sim, é desenvolvimento, é a força interna que a leva para frente, que faz assumir novos compromissos e a crença de querer fazer algo diferente, algo para o bem comum. O propósito da minha mãe é bem claro: é fazer o bem, seja por meio da educação (na qual ela sempre trabalhou), seja por meio promoção de saúde e bem-estar social. E você? Qual o seu propósito? E quanto você vai se desenvolver para isso?

Atualmente, nas empresas, temos excelentes ferramentas para nos ajudar neste processo. O PDI – Plano de Desenvolvimento Individual é uma delas. E seu objetivo é justamente para levar o colaborador a outro patamar. A uma promoção ou para à excelência dentro do cargo ou da instituição. Gosto muito de trabalhar com essa ferramenta, pois se bem utilizada, realmente proporciona desenvolvimento e mudança tanto para a pessoa, como para a empresa. Porém, sempre oriento que cada pessoa desenvolva o seu PDI, o seu plano de desenvolvimento, as suas metas e possíveis realizações.

Além de toda a estratégia que temos que ter no nosso dia a dia de trabalho, é essencial pensarmos a estratégia da nossa vida em sua totalidade, nas possibilidades que temos para nos desenvolver no momento. Planejamento e estratégia para a nossa vida é essencial para nos dar norte e traçar um novo caminho ou um novo momento. Desenvolvimento é isso – não parar no tempo, não deixar a vida nos levar, mas sim trazer para si, fazer por si, da forma que dá. Assim como minha mãe, almejando coisas novas e simplesmente fazendo, colocando em prática.


Sabrina Girondi Thomasi, é Psicóloga (CRP.: 07/19693) desde 2007, atua na área organizacional e na área clínica. É filha da dona Reni, com muito orgulho, e mãe da Bárbara com mais orgulho ainda. E tem o propósito de ajudar outras mulheres a se desenvolverem tanto na vida pessoal como profissional.

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