Uma oportunidade que você, investidor, precisa considerar: as ações da Vamos (VAMO3) dispararam em reação ao balanço financeiro referente ao 1T24, mas e agora? Para o BTG Pactual, os resultados foram positivos e refletem uma sólida performance em sua divisão de aluguel e melhorias progressivas nas concessionárias da empresa.
A receita líquida da Vamos atingiu R$ 1,7 bilhão, aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior, em linha com o mercado. No Ebitda a empresa alcançou R$ 820 milhões, aumento de 24% em relação ao ano anterior e 6% acima das projeções do BTG Pactual. O seu lucro líquido atingiu R$ 183 milhões, avanço de 8% em relação ao ano anterior e superando as estimativas dos analistas.
Para o BTG, as ações da Vamos continuam atraentes, com um múltiplo P/E de 7x, e por isso, reitera sua recomendação de compra. “Esses resultados encorajam e dão perspectivas positivas para 2024, os investidores estão otimistas em relação ao futuro da Vamos, impulsionando a confiança no setor e solidificando a empresa como uma líder de mercado em seu segmento”
Atualmente com 13 casas recomendando comprar e preço alvo de R$13,40.
Tendência de melhora
Para os analistas, espera-se que esta tendência de melhora persista ao longo do ano e que se beneficie da incorporação das receitas do Grupo Petrópolis e do efeito total das fusões e aquisições recentemente concluídas. “Olhando para o futuro, esperamos que o mercado monitore: a demanda por aluguel de caminhões Euro 6; expansão da frota; concorrência; e estrutura de capital.”
A XP Investimentos também é compradora. E seus analistas destacam os pontos positivos da Vamos:
- A atividade comercial permaneceu sólida, com capex contratado atingindo R$ 2 bilhões (+17% A/A e +83% T/T), por incluir a frota de Petrópolis nos resultados;
- Desempenho positivo do rendimento com desempenho do rendimento marginal em 2,5% (estável vs. 4T23), um desempenho positivo, já que as taxas de juros foram mais baixas no período de últimos doze meses, e rendimento periódico de 2,5% aumentou ligeiramente vs. 4T23 (que foi de 2,4%), uma melhoria sequencial;
- Forte desempenho de Rental (EBITDA +41% A/A e +15% T/T) à medida que a Vamos continuar reduzindo seu estoque de ativos não alugados (2 meses de estoque vs. 3,7 meses no 4T23 e 5,2 meses no 1T23); e
- Desempenho resiliente contínuo da Seminovos (receita líquida +23% T/T), e a margem EBITDA permanece elevada em 23%.
E os negativos:
- Desempenho ainda fraco das concessionárias (EBITDA -79% A/A), apesar da melhoria dos resultados T/T (R$ 18 milhões no 1T24 vs. -R$ 36 milhões no 4T23) com margem EBITDA +1,6p.p. acima das estimativas;
- Mais um trimestre com distratos de ativos alugados (R$ 270 milhões de ativo imobilizado), pois a empresa foca na redução do risco de sua base de clientes, priorizando clientes com melhor perfil de crédito;
- Maiores despesas financeiras (+17% A/A e +0% T/T), apesar de em linha com as expectativas; e
- Maior relação dívida líquida/EBITDA para 3,4x no 1T24 (vs. 3,3x no 4T23).
Genial também destaca a Vamos (VAMO3)
O desempenho no segmento de locação mais uma vez foi o principal destaque positivo da Vamos. Apesar da sazonalidade desfavorável, o yield se manteve estável em 2,5% favorecido pela entrada parcial dos contratos do Grupo Petrópolis e pela movimentação altista das taxas de juros de longo prazo no Brasil ao longo do trimestre. Este é o lado positivo da história, segundo a Genial
Do lado negativo, os analistas destacam que esse foi mais um trimestre de aceleração do volume de imobilizado locado retomado. “No 1T24 essa retomada foi de R$ 270 milhões, sequencialmente maior que no 4T23 e no 3T23, em que haviam sido retomados R$ 211 milhões e R$ 189 milhões respectivamente. A alavancagem subiu para 3,44x vs. 3,32x no 4T23. Na análise pro-forma, incorporando o EBITDA dos caminhões alocados no contrato da Petrópolis, a alavancagem seria de 3,27x”.
Embora com resultados ainda fracos em concessionárias, há sinais de recuperação de acordo com os analistas. “Olhando para frente, vemos a Companhia sendo negociada 11x P/E 2024E, muito abaixo do que consideramos justo. Caso a companhia sustente a melhora no ciclo de conversão de caixa apresentada no 1T24 (redução dos estoques, com aumento nos prazos com fornecedores), vemos um cenário de rápida desalavancagem até o final do ano. Seguimos com compra.”
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