A Vale (VALE3) tem cacife e isso é de conhecimento de todos. A empresa divulgou seus resultados em 25 de julho e apresentando lucro líquido de US$ 2,7 bilhões. Aumento de 210% em relação ao mesmo período do ano passado, no trimestre a alta foi de 65%.
Sempre tem quem enxerga o copo meio cheio. Dessa vez, além da XP, a Genial considera que o resultado operacionalmente foi bom, diante dos desafios na China.
“Julgamos que a Vale apresentou números operacionais sólidos, sobretudo com relação a volumes (embarques e produção) para fins de minério de ferro. Ainda assim, a realização de preços foi muito fraca, devido a dinâmica de prêmios anêmica, como reflexo do mix de maior composição de produtos de alta sílica.”
De acordo com os analistas da Genial, foi uma escolha da própria Vale em escoar minério de ferro low grade, “ampliando o deságio no prêmio de qualidade para acelerar os embarques, diante das condições de mercado desafiadoras pelo pouco apetite na China para absorção de produtos com maior teor de ferro”. Eles comentam que as siderúrgicas chinesas, com margens apertadas e dependentes de subsídios, preferem não pagar prêmio por qualidade relacionado à baixa sílica.
Além disso, os analistas da Genial não veem riscos que venham prejudicar o guidance que é de US$21,5-23/t este ano. “Sabemos que o mercado pode reagir de maneira negativa a esse aumento, que inclusive afetou o breakeven China, levando-o para US$69,1/t (-1% t/t; +16% a/a).”
O que fazer com a Vale (VALE3)? Sem desespero, investidor
Os investidores não devem se desesperar, segundo a Genial. E isso se deve por dois motivos:
(1) Historicamente, os 2Ts são os piores trimestres com relação ao C1/t, “então não deveria ser uma novidade para o mercado uma aceleração sequencial”.
(2) Na segunda metade do ano a companhia aumenta de maneira considerável a produção, dado o período com menos chuvas, tanto no sistema Sudeste quanto no Norte.
“Com isso, há uma brutal desaceleração de custo pela maior capacidade de diluição de gastos fixos, principalmente no ritmo atual de produção da Vale, que possui boas perspectivas de figurar no topo do guidance em 310-320Mt.”
Os custos de frete também foram reduzidos em -1,3% t/t, chegando a US$19/t (-5% vs. Genial Est.), limitando o impacto no breakeven China. Assim, a Vale reiterou o guidance C1/t, mostrando confiança na sua capacidade de entregar mais eficiência no 2S24 para compensar esse aumento no 2T24.
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