Algumas empresas seguem atraindo investimentos na Renda Variável. A gigante do minério Vale (VALE3) é um exemplo, considerando tudo que essa companhia tem passado, como as encrencas ambientais e acordos pelos desastres em Mariana e a concorrência com a China, apresentar resultados sólidos e acima do esperado no 3T, é de tirar o chapéu.

O crescimento no trimestre foi de 5,5% na produção de minério de ferro;  alta de 1,6% nas vendas de minério de ferro e queda de 13,8% nos preços realizados de finos e de -8,1% nos preços de pelotas de minério de ferro. A Vale (VALE3) registrou queda de -15% em seu lucro líquido no 3T24, melhor do que as projeções do mercado, que esperava queda ainda mais acentuada, de -40%. Os números apresentados pela Vale animaram os investidores.

Os destaques do 3T de Vale (VALE3), segundo o Itaú BBA

  • O Ebitda do segmento de ferrosos reduziu 21% na comparação anual, com menores preços de minério de ferro e maiores custos ofuscando maiores volumes. O preço realizado ficou em US$ 90,6 por tonelada (queda de US$ 14.5 por tonelada na comparação anual), enquanto os volumes subiram 2% contra o mesmo trimestre do ano anterior; 
  • O custo caixa de produção por tonelada diminuiu na comparação anual e trimestral diante de maior diluição de custo fixo; 
  • Os resultados da divisão de metais de base caíram 36% na comparação anual, uma vez que menores resultados em níquel ofuscaram os melhores resultados em cobre; 
  • A Vale reportou uma melhor geração de caixa sequencial no trimestre, atingindo US$ 179 milhões, devido ao menor consumo de capital de giro;
  • A dívida líquida da empresa atingiu US$ 16,5 bilhões no trimestre, com a alta sequencial explicada pela provisão adicional relacionada à Samarco e ao pagamento de dividendos no trimestre. 

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