A 21ª edição da feira Tecnoshow termina nesta sexta-feira, dia
12, em Rio Verde (GO), com a apresentação das mais variadas e avançadas
tecnologias e inovação para incrementar a produtividade e produção do campo.
Com mais de 650 expositores, a feira é uma das mais relevantesvitrines
tecnológicas do país eo mais importante espaço de demonstração de
tecnologia de Goiás.Segundo o coordenador de Palestras
da Tecnoshow, Eduardo Hara, a tecnologia exposta e apresentada no evento não se
limita apenas a máquinas e implementos com tecnologia embarcada, mas também
àquelas aplicadas em produtos, como novas variedades de soja e milho mais resistentes
e produtivas, uso de químicos com maior eficiência e menor quantidade, pensando
no meio ambiente.

“A tecnologia não está amarrada
apenas às máquinas, mas também aos softwares e aplicativos lançados aqui na
Tecnoshow. A feira é uma oportunidade ímpar aos produtores, principalmente de
Goiás terem acesso a essas inovações, além de poder testar, conversar com as
empresas e entender se essa tecnologia atende à demanda da propriedade”,
explica Hara.

Ele ainda acrescenta que “o mais
importante é que a Tecnoshow se tornou um difusor de tecnologia que consegue
fazer com que as novidades cheguem na ponta, no produtor rural. Conseguimos
criar uma conexão única entre os expositores e os agricultores e pecuaristas,
pois as empresas encontram a oportunidade de conhecer a necessidade do campo e,
por outro lado, os visitantes apresentam suas experiencias de uso, construindo
uma máquina a quatro mãos”.

Institutos e universidades

Institutos e universidades levam
pesquisas, lançamentos, tecnologias e inovação aos visitantes da Tecnoshow. Os
estandes são voltados para diferentes segmentos do agronegócio e contemplam
programas, parcerias e novidades, inclusive para pequenos produtores e
comunidades carentes.

Com foco em auxiliar nas principais
‘dores’ dos produtores, este ano, a Universidade de Rio Verde (UniRV)
trazorientações de manejo voltadas especificamente para períodos de
déficit hídrico, utilizando como exemplo o cultivo de soja. “Por meio de
demonstrações em uma trincheira, trabalhamos questões de irrigação, correção do
solo com gessagem, cobertura do solo com palhada, entre outras. Trabalhamos com
braquiárias e o uso de microrganismos em busca de aumentar o enraizamento”,
explica o professor e diretor do curso de Agronomia, Paulo Boldrin.

Já o Instituto Federal Goiano (IF)
reforça não somente a difusão de tecnologias, mas a retenção de talentos no
interior do estado. “Comumente vemos que, quando a pessoa tem um alto nível de
qualificação, ela opta pelos grandes centros e acaba deixando até mesmo as
regiões produtoras como a nossa”, diz o diretor-científico do Ceagro e
pesquisador do IF, Leandro Souza.

Pequi sem espinho

No desenvolvimento de produtos que
tragam diferenciais e benefícios aos pequenos produtores, a Agência Goiana de
Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) traz como
dois dos principais destaques o pequi sem espinho e o feijão GO Social.
“O pequi desenvolvido, além do tamanho menor e mais atrativo, sobretudo para
restaurantes, tem o grande diferencial da ausência do espinho, o que facilita,
por exemplo, a retirada da amêndoa, um ponto importante para o consumo geral e
para a indústria”, explica a pesquisadora da Emater, Elainy
Botelho.

A Embrapa expõe em seu estande uma
variedade de produtos e novidades aos visitantes da feira. Alguns dos destaques
são a soja transgênica 7881I Pro, com boa produtividade, resistente ao
nematoide do cisto da soja e o feijão guandu, que pode ser uma alternativa para
a melhoria da pastagem e da qualidade nutricional do rebanho.“O gergelim
é uma cultura também de destaque, visto que os produtores têm utilizado muito
em uma segunda safra como alternativa ao plantio do milho. Ele é mais
resistente à seca, então está sendo trabalhado pela Embrapa para que fique
disponível aos produtores”, explica o pesquisador da Embrapa, Leonardo José
Campo.

Dris Comigo

No estande do Centro Tecnológico da
Comigo (CTC), fitopatologia, entomologia, fertilidade do solo, nutrição de
plantas, forra de cultura são alguns dos temas apresentados. O principal destaque
é o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação, o Dris Comigo, inserido
dentro do site da cooperativa.

“Com a plataforma, o produtor colhe
uma amostra de folha da soja e ela irá oferecer o diagnóstico da adubação
foliar exata para a cultura. Assim, ele terá um uso mais assertivo dos insumos,
sabendo o que realmente será necessário para produzir bem”, explica o gerente
de geração e difusão de tecnologia do Centro Tecnológico da
COMIGO,Eduardo Hara.

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