Ninguém duvida que o ESG foi alavancado pela influência dos riscos socioambientais, que é o ambiente onde as organizações atuam. Em especial, os desafios das mudanças climáticas e da justiça social.
A Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) é uma espécie de roteiro a ser seguido para a obtenção de indicadores robustos de sustentabilidade no sentido literal da palavra. Requer dados e cálculos que mostrem mudanças reais ao longo do tempo. Cada indicador ESG é derivado das necessidades atuais da sociedade – em nível local e global.
A partir da proposta ESG, temos visto um longo e caloroso debate além do surgimento de uma regulação que interfere em todo tipo de negócio. E dentro deste contexto, inúmeras pesquisas realizadas por consultorias renomadas trazem a todo momento a percepção das organizações sobre esse tema.
No que diz respeito as questões climáticas, recentemente um relatório da McKinsey observou que quase dois terços das empresas da Fortune 500 estão trabalhando em direção a metas ambiciosas de redução de carbono para 2050.
Um outro estudo global ESG do Capital Group apontou que quase a metade dos investidores norte-americanos (46%) se ressentem da falta de dados robustos. E para 70% deles, a padronização de ferramentas e dados será fundamental para a análise dos investidores, tornando evidente que o desenvolvimento de estratégias baseadas em dados será decisivo para alavancar o ESG nas organizações e na economia.
Até 2024, analistas da International Data Corporation – IDC preveem que 30% das organizações usarão plataformas de gerenciamento de dados ESG para orientar os KPIs ESG dos relatórios e dar suporte à tomada de decisões operacionais em tempo real.
A consolidação dos dados em plataformas ainda é um grande desafio para organizações com grandes quantidades de dados distribuídos em várias localidades, mas com a ajuda da IA (Inteligência Artificial) isso será possível. Serão sistemas centralizados que permitirão relatórios abrangentes, ao mesmo tempo em que fornecerão informações acionáveis para que as empresas ajustem suas estratégias e vejam a sua performance praticamente em tempo real.
Nos próximos três anos, segundo o IDC, 45% das organizações do G20 terão a sustentabilidade integrada na cadeia de suprimentos e reportarão seus dados de impactos. Além da transparência e agilidade do gerenciamento, poderão reduzir em até 10% o desperdício aumentando a vantagem competitiva. Pelo levantamento do IDC, a maioria (84%) das organizações acredita que, sem uma estratégia clara de sustentabilidade, provavelmente perderão colaboradores e muito dinheiro. A gestão orientada a dados pode ser definida como um gerenciamento com base em dados verificáveis e confiáveis para a tomada de decisão.
As plataformas de dados e as estratégias com base em dados são fundamentais para a governança ESG. Para rastrear o impacto ambiental de uma empresa é preciso registrar e acompanhar o seu consumo de energia, uso e reuso de água, emissões de gases de efeito estufa (GEE), eficiência e conformidade do fornecedor, geração, reciclagem e destinação de resíduos, etc. Com dados confiáveis, pode se monitorar o avanço das metas de sustentabilidade, fazer ajustes e propor melhorias. E isso vale para os demais pontos sensíveis e estratégicos da organização como por exemplo: o alto consumo de energia para serviços em nuvem, cadeias de suprimentos altamente otimizadas ou sujeitas a situações que interferem na disponibilidade de matérias-primas críticas, política de inclusão social, equidade e igualdade, proteção e privacidade dos dados pessoais, entre outros.
ESG sem tecnologia é improvável, e tecnologia sem o direcionamento ESG é questionável. Enfim, um potencializa o outro e se tornam indispensáveis na gestão sustentável que transformará os modelos de negócios e a economia para melhor.
Fontes:
https://www.forbes.com/sites/forbestechcouncil/2023/03/24/esg-should-be-supported-by-it/
https://venturebeat.com/enterprise-analytics/why-data-driven-technology-is-the-key-to-esg/
Sobre BISA Certifica:
Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br