A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira, 30, que o debate sobre a meta de zerar o déficit primário no próximo ano evidencia a “diferença” entre o governo atual e a gestão Bolsonaro. Segundo ela, a equipe econômica tem consciência de que é possível zerar o déficit em 2024, classificando a discussão sobre o tema como fundamental. As declarações foram dadas após a ministra ser questionada sobre as especulações de que parte do governo não apoiaria o objetivo fiscal da equipe econômica. “Os números não mentem, podemos ter meta zero”, disse Tebet a jornalistas após participar de audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

Ela repetiu que, se as medidas que visam aumentar a arrecadação não forem aprovadas, será um “outro momento a ser discutido”. Ressaltou, contudo, que o Ministério da Fazenda apresentou o pacote com os R$ 168 bilhões necessários para zerar o déficit no próximo ano, e que há medidas que ainda não foram anunciadas publicamente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Os números não mentem, podemos ter meta zero (…) Haddad nos passou o raio-x e a conta bate”, disse Tebet, para quem as contas são inclusive “conservadoras”. “Atesto que as contas da Fazenda estão certas”.

Sobre a descrença de parte do mercado em torno da meta de déficit zero, respondeu que o setor privado não tem conhecimento de tudo que é gestado pela Fazenda. “Não conheço o balanço de cada banco. Mercado não sabe tudo que é gestado na Fazenda”, respondeu.

Apesar de conversas iniciais de que a necessidade de ampliação da arrecadação giraria por volta de R$ 140 bilhões, Tebet apontou que o patamar não seria suficiente dentro do objetivo do governo. “Pedimos R$ 168 bilhões à Fazenda”, explicou.

A ministra ainda negou que o governo esteja jogando a responsabilidade de meta zero no colo do Congresso, que precisa dar aval às medidas arrecadatórias. “Se as medidas não forem aprovadas pelo Congresso, sentamos e conversamos”, afirmou. Reconhecendo a meta como audaciosa, disse que a fotografia atual permite que o governo se comprometa com o déficit fiscal zero. “Precisamos que todas as variáveis se confirmem, ninguém tem bola de cristal. Meta pode variar para mais ou para menos, mas números hoje confirmam”, disse, repetindo que as estimativas de receita que irão no orçamento são conservadoras. “PL de apostas tem menos de R$ 1 bilhão (na estimativa de orçamento)”, exemplificou.

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