A taxa composta inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre móvel até outubro de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,8%.
Isso significa que faltou trabalho para 32,548 milhões de pessoas, que estavam na população subutilizada (que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial). Esse contingente caiu 1,0% ante o trimestre móvel imediatamente anterior, com 344 mil pessoas a menos. Em relação a igual período de 2019, o avanço foi de 20,0%, ou 5,414 milhões de pessoas a mais.
Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, a tendência é que as demais medidas de subutilização diminuam, à medida que a desocupação foro crescendo, com mais trabalhadores voltando a procurar emprego. “Reflexo disso é que também começa a aumentar a desocupação. Ela tende a aumentar porque vai reduzir a subutilização. São transferências dentro do mesmo grupo”, afirmou Azeredo.
Apesar de alguns dados positivos, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lúcia Vieira, afirmou que “não dá para cravar nada” sobre os rumos do mercado de trabalho. “Não sabemos o que vai acontecer em termos de saúde pública, de pandemia, a partir de agora”, disse a pesquisadora. “Se não piorar nada, poderíamos entender, sim, que estamos tendo uma recuperação, com as pessoas voltando a procurar trabalho”, comentou.
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