A Taesa registrou no 4T20 um lucro líquido (IFRS) de R$ 829,0 milhões, com crescimento de 195% em relação aos R$ 281,3 milhões do 4T19, acumulando um lucro de R$ 2,26 bilhões em 2020 (+105%).

Do lado positivo o excelente resultado tanto no trimestre quanto no ano refletiu: (i) os maiores índices macroeconômicos entre os períodos comparáveis, (IPCA e principalmente o IGPM) com reflexo na receita de correção monetária; (ii) a consolidação dos resultados das aquisições recentes de São João, São Pedro, Lagoa Nova; da conclusão dos reforços da Novatrans e da entrada em operação das concessões de Miracema, Mariana e EDTE; (iii) os maiores investimentos nos empreendimentos em construção com impacto positivo na margem de implementação de infraestrutura da companhia; e (iv) o aumento na equivalência patrimonial resultado também dos maiores investimentos nos empreendimentos.

Do lado negativo (i) ao aumento das despesas financeiras líquidas, reflexo das captações realizadas em 2020; aumento do IPCA e do menor volume de caixa em função do pagamento de juros e amortizações; dividendos e maiores investimentos nos projetos em construção no período; e (ii) maiores custos e despesas operacionais, pelo início das operações das novas concessões e reajuste pela inflação.

Com base no resultado o Conselho de Administração aprovou ontem (03/03) a distribuição de dividendos adicionais de R$ 561,9 milhões (R$ 1,63/Unit) a serem pagos até 31 de maio de 2021, e que serão submetidos à aprovação da Assembleia de Acionistas. O retorno estimado é de 5,3%.

Suas units, cotadas a R$ 30,75 (valor de mercado de R$ 10,6 bilhões) registram queda de 7,7% este ano. O preço justo de R$ 35,00 corresponde a um potencial de alta de 13,8%.

Destaques

A Receita Líquida IFRS do 4T20 foi de R$ 1,17 bilhão, 148,5% maior que o 4T19, devido ao aumento em todas as linhas da receita, em função das aquisições recentes e entrada em operação de algumas concessões, e ao crescimento da correção monetária do ativo contratual explicado pela alta do IGP-M. Em 2020 a Receita Líquida IFRS alcançou R$ 3,56 bilhões, com crescimento de 93,5% ante 2019.

Os Custos, Despesas e Depreciação e Amortização no 4T20 totalizaram R$ 337,2 milhões, 35,0% maior quando comparado ao 4T19; acumulando em 2020 o montante de R$ 1,2 bilhão e crescimento de 70,0% em relação a 2019.

No 4T20 o EBITDA IFRS totalizou R$ 840,0 milhões com margem EBITDA de 71,5% (+23,8pp). O aumento de 272,4% do EBITDA IFRS na comparação com o 4T19 pode ser explicado principalmente, por maiores índices macroeconômicos registrados no período que impactaram positivamente a receita de correção monetária do ativo contratual, pelas aquisições recentes e entrada em operação de novos ativos e pelos maiores investimentos nos empreendimentos Janaúba e Sant’Ana. Em 2020 o EBITDA IFRS cresceu 105,4% para R$ 2,38 bilhões com margem de 66,7% (+3,8pp).

Com um alto desempenho operacional ao longo dos anos, a Taesa apresentou em 2020 um índice disponibilidade da linha de 99,88%; que apresenta o desempenho consolidado da companhia, portanto, não considerando ETAU, Transmineiras, AIE e TBE.

Em 2020, a companhia, suas controladas, investidas em conjunto e coligadas investiram o total de R$ 1,54 bilhão que se compara a R$ 718,3 milhões de 2019, referentes aos empreendimentos em construção. No 4T20, a Dívida Bruta da companhia era de R$ 6,1 bilhões, com queda de 4,9% em relação ao 3T20. Nesta mesma base o Caixa somava R$ 905,6 milhões, com redução de 49,7%, resultando em uma Dívida Líquida de R$ 5,2 bilhões, e crescimento de 12,6% em base trimestral. A relação Dívida líquida EBITDA elevou-se de 3,4x no 3T20 para 3,8x no 4T20; considerando a dívida líquida proporcional das empresas controladas em conjunto e coligadas.

Projeções de Investimentos (capex)

Em 2019, a Taesa iniciou a divulgação das projeções de Capex nominal para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022 e de incremento de Receita Anual Permitida (RAP) para os anos de 2020, 2021 e 2022 dos empreendimentos em construção 100% controlados pela companhia (Mariana, Miracema, Janaúba e Sant’Ana).

• O capex nominal total realizado desses empreendimentos em 2020 foi de R$ 840,7 milhões; apresentando uma redução de 19,2% em relação à projeção mínima divulgada (R$ 1.040 milhões); explicado pelo atraso na obtenção da licença ambiental do último trecho de linha de Sant’Ana;

• A projeção revisada de capex para 2021 é de um montante entre R$ 570 e 630 milhões. Já as projeções referentes ao Incremento da Receita Anual Permitida (RAP) após a entrada em operação de cada um dos Empreendimentos 100% controlados pela Taesa passam a ser as seguintes: realizado em 2020 (R$ 82 milhões); 2021 (R$ 190 milhões); 2022 (R$ 110 milhões).

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