A Autoridade Portuária de Santos (SPA) pretende rescindir antecipadamente o contrato da Portofer, que consiste na empresa que coordena a chegada de trens ao cais santista, para buscar investimentos superiores a R$ 2 bilhões no processo de ampliação da ferrovia interna do porto por meio de um novo contrato.
Hoje, a antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), SPA deve anunciar o novo plano.
Atualmente, a malha ferroviária que funciona dentro do condomínio portuário e dá acesso aos terminais de diferentes tipos de cargas permite movimentação anual de 50 milhões de toneladas.
Este volume costumava ser tradicionalmente suficiente para absorver tudo o que chegava pelos vagões da Malha Paulista (que pertence a Rumo) e da MRS Logística. O contrato da Portofer expira em 2025 e depois se estudaria o que fazer.
Entretanto, ao longo dos últimos meses, o cenário mudou e surgiu um gargalo de grandes proporções no horizonte. O governo federal prorrogou a concessão da Malha Paulista até 2058.
Dessa forma, investimentos bilionários feitos pela Rumo vão elevar sua capacidade de transporte das atuais 35 milhões para 75 milhões de toneladas anuais.
Ainda em tratativas com o governo, mas já em processo adiantado, a renovação antecipada do contrato da MRS Logística aumentará a movimentação de sua Malha Sudeste de 10 milhões para 15 milhões de toneladas por ano.
Impacto: Positivo. Com o contrato da Portofer reincidido de maneira antecipada, para buscar um aumento do investimento na ferrovia, a Rumo vai se beneficiar. Isto porque a capacidade de transporte do volume de cargas da empresa de logística vai crescer de forma relevante.
