Como em muitas áreas, a pandemia afetou o setor de cultura. Por conta disso, novas oportunidades tiveram que ser criadas e o setor se adaptou conforme o que foi possível. Teatros, cinemas, museus, casas de shows, junto com artistas, técnicos, diretores, produtores, e mais, buscaram a reinvenção.

Também tiveram que ser modificados grandes eventos culturais como as festas de São João e o adiamento do carnaval para julho de 2021, ou até mesmo o cancelamento dessa tradicional festa em algumas cidades do país. Eventos de todos os tamanhos, desde desfiles das escolas de samba até uma sessão de cinema, precisam de duas coisas: gente trabalhando e gente assistindo. Até então, a ideia central era de que se não existisse plateia presencial não seria possível ter renda.

Em março de 2020, muitas coisas foram adiadas, na expectativa de que ainda fosse possível realizar shows e peças, por exemplo, nos meses finais do ano. Foi o caso do musical “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolates”, que tinha a previsão de estreia para 19 de março no Teatro Alfa, em São Paulo. Tudo estava pronto para a temporada, porém a peça foi adiada e ainda encontra-se sem previsão de uma nova data de estreia. Outras coisas fecharam de vez, pois não seria possível manter aquela produção.

A Disney, grande nome no mundo do entretenimento, foi exemplo disso ao decidir fechar o musical Frozen na Broadway. A produção estava aberta desde 2018 e teve um orçamento entre 25 a 30 milhões de dólares. O máximo que o musical arrecadou em uma semana foi $2,6 milhões e em fevereiro os números ficaram próximos de um milhão de dólares. Para o epicentro do teatro isso não foi suficiente para manter a produção em aguardo ao retorno das apresentações, no momento em que outras peças como Hamilton atingia, antes da pandemia, em média $2,5 milhões de dólares por semana.

Muitas estreias de filmes foram adiadas, algumas com novas datas, e outras utilizando novos meios. O novo filme da Mulher-Maravilha (Mulher-Maravilha 1984) estreou em alguns cinemas do mundo, mas teve a novidade de ser lançado simultaneamente na plataforma de streaming da HBO, o HBO Max.

Aqui no Brasil, por ainda não existir essa plataforma, a estreia ocorreu em alguns cinemas do país que puderam ser reabertos. Essa adaptação devido ao cenário atual, alimenta a competição entre as plataformas de streaming com a televisão e o cinema. Isso pode possibilitar grandes mudanças nessa área em um futuro próximo.

Os shows de cantores foram mais fáceis de contornar a pandemia. As lives ficaram extremamente populares e com o passar dos meses foram ficando mais produzidas e foi possível começar a cobrar ingresso para um show virtual. Além dos festivais de cinema e shows no formato de drive-in.

Setor de cultura: a recuperação

O início da vacinação em massa em diversos países traz a expectativa de voltarmos ao nosso conceito de “normal”, assim que for possível. Todavia, o setor de cultura vai ter que continuar se adaptando. Imagine-se em um show: ao chegar, você deve passar por uma revistagem de seus itens, seu ingresso precisa ser conferido e você deve procurar o seu lugar; se quiser ir ao banheiro ou comprar alguma comida ou bebida, provavelmente vai ter que esperar em alguma fila. Definitivamente esses hábitos serão diferentes quando voltarmos a termos shows e peças com públicos e sessões de cinema com sua capacidade total.

A volta às atividades também promove aqueles que de forma indireta proporcionam o ambiente para fomentar o setor.

Como a Time For Fun, empresa de entretenimento ao vivo do Brasil fundada em 1983, listada na bolsa pelo o código SHOW3. A empresa T4F Entretenimento venceu o prêmio Top International Independent Promoter, da Billboard Touring Award, cinco vezes. Assim como para o lado dos Shopping, como o Iguatemi que possui 16 shoppings centers, 2 premium outlets e 3 torres comerciais. A Aliansce Sonae que totaliza 40 shoppings. E a BRMalls que é uma das maiores operadoras de shopping centers no país, possuindo 31 estabelecimentos.

As consequências de uma pandemia não são tão rápidas de se resolver.

Para tentar amenizar a situação, em junho do ano passado o Senado aprovou um auxílio financeiro para o setor da cultura. Foram liberados R$3 bilhões para artistas e estabelecimentos culturais, que incluem museus, circos, bibliotecas, estúdios de fotografias e mais. Chamada de Lei Aldir Blanc, os trabalhadores podem receber três parcelas de 600 reais e os espaços artísticos, subsídios que variam entre R$3 mil e R$10 mil.

Na última semana de 2020, a medida provisória foi alterada para viabilizar o pagamento dos recursos em 2021. De acordo com Planalto, parte dos recursos ainda não foi liquidada, ou seja, a etapa entre a reserva do dinheiro e o pagamento dos recursos ainda não ocorreu.

O setor de cultura gera um movimento de R$170 bilhões, além de gerar empregos diretos e indiretos e influenciar na capacitação de jovens e adultos. A Lei de Incentivo à Cultura (Nº 8.313/91), mais conhecida como Lei Rouanet, é uma alternativa que possibilita que pessoas e empresas destinem para projetos culturais parte do seu Imposto de Renda. No entanto, no final de dezembro, patrocínios em parceria com a iniciativa privada que já haviam sido aprovados foram barrados pelo governo.

O presidente do Itaú, Candido Bracher, foi a pessoa a fazer a maior doação de recursos pela lei em 2020, no valor de R$761,6 mil. Você pode conferir a lista dos 10 maiores doadores aqui.

Diversas empresas se mobilizam e fazem doações por meio da Lei. A Vale anunciou em dezembro um investimento de R$154 milhões para patrocínios culturais, englobando 145 projetos. Outras empresas patrocinadoras são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Cielo, a Faber-Castell,  a Chevron e a Coca-Cola.

Cada 1 real investido no setor de cultura, R$1,59 retornava ao país

Antes da pandemia, a cada 1 real investido, R$1,59 retornava para a economia do país. O investimento hoje na cultura ajuda aqueles prejudicados pelas consequências da Covid-19, mas também ajuda a estimular uma parte importante do que constitui o Brasil. Alternativas como a Lei de Incentivo à Cultura são necessárias para o desenvolvimento de um país, uma vez que a educação é decorrência da cultura.

Veremos mais sobre educação no próximo episódio do Acionista News, onde falaremos sobre educação com o sistema híbrido. Por isso é interessante observar as empresas que estão ligadas no setor, principalmente durante a pandemia, pois elas projetam o futuro agindo agora.

Como a Anima Educação que tem sua base em São Paulo, com a empresa contando com, aproximadamente, 100 mil alunos, em cinco estados. Fazem parte dela a Una, a Universidade São Judas Tadeu, UniBH e UniSociesc. A Cogna Educação por sua vez é a nona maior empresa ligada à educação no mundo. A YDUQS foi eleita em 2018 a segunda maior empresa de educação superior no Brasil, atrás da Kroton Educacional


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