Uma pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA) com gestores de fundos da América Latina revela opiniões divergentes sobre o nível terminal da Selic em 2025. Metade dos gestores entrevistados acredita que a taxa de juros alcance um pico entre 14,25% e 15%, enquanto 44% projetam valores ainda mais altos. Destes, 31% esperam que a Selic atinja entre 15,25% e 16%, e outros 13% estimam que a taxa possa subir para algo entre 16,25% e 17%.
O BofA reforça que a última leitura sobre a atividade econômica no Brasil ficou abaixo das expectativas, enquanto o Banco Central (BCB) já sinalizou um novo aumento de 100 pontos-base, elevando a Selic para 14,25%. Segundo o banco, há espaço para a taxa alcançar um pico de 15,25%.
Ibovespa e dólar: previsões de mercado
Apesar do cenário de juros elevados, gestores têm uma visão mais otimista para o Ibovespa. Segundo a pesquisa, 53% dos participantes acreditam que o índice da bolsa brasileira deve ultrapassar os 130 mil pontos até o final de 2025, um aumento em relação aos 31% que projetavam o mesmo na última edição da pesquisa. Além disso, 6% estimam que o índice pode superar os 150 mil pontos.
Para o câmbio, os gestores esperam que o dólar encerre o ano cotado a R$ 5,80, uma revisão otimista em relação à projeção anterior, que era de R$ 6,10.
Juros americanos e impactos na América Latina
O BofA destaca os juros nos Estados Unidos como o principal risco para os mercados latino-americanos. A pesquisa também revela que o sentimento pessimista (bearish) atingiu seu ponto mais baixo em janeiro, dando lugar a perspectivas mais positivas para os mercados de Argentina e Chile.
Como se posicionar neste cenário de Selic incerta?
Para investidores, o cenário de Selic elevada pode ser explorado com investimentos em renda fixa, especialmente títulos atrelados à inflação, enquanto a visão otimista para o Ibovespa sugere oportunidades em ações de empresas sólidas. Explore análises detalhadas e recomendações na nossa plataforma de investimentos, que reúne dados de especialistas para ajudá-lo a tomar decisões informadas.
