Já é uma possibilidade de Selic acima de 13,25%, veja as consequências do movimento conforme André Perfeito, economista chefe da Necton Investimentos.

SELIC ACIMA DE 13,25% PODE JOGAR DÓLAR AO PATAMAR PRÉ PANDEMIA EM R$ 4,25. – NECTON | COMENTÁRIO ANDRÉ PERFEITO

O dólar opera perto do patamar dos R$ 4,70 e nos últimos dias experimentou quedas consecutiva que fizeram a divisa norte-americana cair 10% contra o Real. Após uma reviravolta devido aos movimentos do Banco Central norte-americano (FED) que indicou um aperto mais forte na sua taxa básica – que deve ir para 4% – é provável que vejamos uma volta aos fundamentos monetários e comerciais brasileiros que irão jogar o Real numa posição ainda mais forte.

São dois os principais vetores de atração de divisas para o país, a saber:

i-) juros

ii-) commodities.

Sobre o segundo ponto basta dizer que o preço de commodities continua em patamar alto. Só este ano o CRB (tradicional indicador do setor de matérias primas) sobe 37,94% em dólares.

O saldo comercial brasileiro em 12 meses está em US$ 23,4 bilhões. Melhor resultado desde janeiro de 2008 indicando que o setor externo irá continuar jogando dólares aqui. Especialmente porque a atividade doméstica, apesar da recuperação na margem, tende a frear relativamente as importações.

Agora o primeiro ponto é mais escorregadio.

Sim, os EUA irão subir os juros e sim isso cria atração de divisas para a economia norte-americana. No entanto, as taxas nominais de juros por aqui são e continuarão sendo muito mais atrativas que lá. Caberia apenas tentar determinar a trajetória do câmbio para se garantir ainda mais fluxo. Como vimos a balança comercial deu sinal verde para este movimento e agora o Brasil está num momento onde a inflação sugere estar atingindo um topo. Ao qual aponta a volta de juros reais mais fortemente positivos.

O Brasil é disparado o país que mais paga juros entre as principais moedas.

Nos últimos 12 meses o Rand Sul-africano pagou 5,28%, o Peso Mexicano 6,53%, já o Real Brasileiro 9,15% (40% a mais que o segundo lugar). Só à guisa de comparação no mesmo período o Dólar Americano pagou 0,4%, o Euro uma taxa negativa de -0,52% e o Franco Suíço -0,67%.

Os contratos de juros apontam uma alta de 50 pontos base na SELIC e depois mais uma de 25 pontos (31,95 para ser exato). Acreditamos que o BCB irá parar o ajuste em 13,25%, ou seja, mais uma alta de 50. Contudo, se o COPOM sinalizar mais altas na taxa básica acreditamos que o Dólar pode testar os patamares pré pandemia contra o Real indo para o nível de R$ 4,25.

Mantemos, contudo, o Dólar a R$ 5,00 no final do ano por um motivo trivial e imponderável. O pleito eleitoral de 2022 tende a ser tenso e isso irá cobrar algum preço em risco. No entanto, no curto prazo poderíamos muito ver o Real se apreciando contra o Dólar. Afinal vendemos o que o mundo mais quer hoje em dia: commodities e – principalmente – juros.


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