Os números do Santander (SANB11) foram considerados positivos pelos analistas do BB Investimentos. “O resultado trouxe, em nossa leitura, uma expansão da melhoria vista nos números do 1T de forma geral, mas com um contraponto vindo de certa fraqueza da margem financeira.”   

Para o time do BB, os destaques positivos foram:

  • A carteira de crédito ampliada se expandiu 1,8% t/t e 7,8% a/a, “ritmo que consideramos dentro da normalidade se considerarmos o mercado como um todo, mas que representa uma boa reaceleração dado o histórico recente do Santander, que vem de um período de elevada seletividade. 
  • As tarifas de serviços (comissões) evidenciam os esforços do banco na compensação do momento de receitas de juros mais contidas, e avançaram 6,1% t/t e 17,5% a/a. Apesar da base comparativa aqui envolver tanto sazonalidade no âmbito trimestral quanto um trimestre muito ruim no ano anterior, “consideramos o encontro de espaço para expansão de tarifas um ponto bastante positivo”. 
  • O custo do crédito recuou 2,4% t/t e 1,4% a/a, reforçando a ideia de um ano de ajustes, com receitas, carteira e transnacionalidade em expansão, e PDDs menores, que representam “a colheita de safras de crédito mais saudáveis”. 

Já o destaque negativo apontado pelo BB foi a margem financeira.  Segundo os analistas, com o fechamento da curva vista no trimestre, eles viram um impacto tanto na margem com clientes (crédito) pelo lado da captação, quanto na margem com mercado (tesouraria), que viu menor produção, ainda que não tenha invertido o sinal. “O que mais interessa aqui, a margem com clientes, até se expandiu: 0,2% t/t e 3,0% a/a, mas em ritmo mais lento do que o esperado – um tropeço na retomada do Santander.”

Entre outros resultados, a inadimplência ficou estável em 3,2%, enquanto os custos vieram sem solavancos, com variações de 0,3% t/t e 4,6% a/a, próximo da inflação. 

A ações do Santander (SANB11)

Nos últimos 12 meses, o desempenho das ações do Santander ficaram abaixo do Ibovespa. Na opinião dos analistas do BB Investimentos, apesar do momento de clara recuperação de rentabilidade, ainda há um certo ceticismo do mercado para com a velocidade e consistência do movimento. 

“Outro ponto que julgamos deva estar impedindo a ação de performar de forma mais condizente com sua retomada operacional é o fato de existirem pares que prometem um crescimento muito mais acelerado (caso de BTG, Inter e Nubank), e também pares que já se encontram com rentabilidade em “vôo de cruzeiro” (caso de Itaú), sendo que o Santander não parece atender, sob a ótica dos investidores, muito bem a nenhuma destas teses.” 

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